Sem Terra se desafiam a fortalecer a agroecologia na Costa do Dendê

Além dos desafios das práticas agroecológicas, os sem terra debateram ainda o cenário político atual pontuando os avanços e limites encontrados na luta em defesa da Reforma Agrária na Bahia.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Cerca de 200 trabalhadores Sem Terra realizaram entre os dias 14 e 15/11 o Encontro da brigada Costa do Dendê, no Acampamento Marimbu, em Taperoá, no baixo sul baiano. 

De acordo com Lucinéia Durães, da direção estadual do MST, o encontro cumpriu objetivo de continuar com o processo de formação das trabalhadoras e trabalhadores.

“Temos muitos desafios dentro de nossos assentamentos e acampamentos. Fortalecer as práticas agroecológicas, a fim de garantir avanços na produção de alimentos é o primeiro deles. Por isso, é necessário estudar”, destacou Durães.

Durante o encontro, os trabalhadores debateram o cenário político atual pontuando os avanços e limites encontrados na luta em defesa da Reforma Agrária na Bahia, tendo a educação do campo, a participação da juventude e as questões raciais como bases de estudo. 

A mística e animação, trazendo os elementos da luta e da produção de alimentos saudáveis, norteou todo o encontro que culminou com um processo amplo de avaliação e com diversas projeções para o próximo ano.

Para a direção da brigada, o ano de 2015 foi estratégico para avançar na organicidade e na unidade política entre o campo e a cidade. 

“Para o próximo ano queremos intensificar a produção de alimentos e fortalecer o nosso diálogo com a sociedade através das feiras da Reforma Agrária”, disse.

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Costa do Dendê

A brigada Costa Dendê está localizada em uma região que possui uma diversidade de comunidades quilombolas e ribeirinhas. O MST possui sete assentamentos, com 400 famílias, e três acampamentos, com 150 famílias.

Nas áreas, as famílias produzem seringa, cacau, dendê, banana, hortaliças, verduras. Esta produção é vendida nas feiras locais e deslocadas para outras cidades.

“Com este grupo de trabalhadores que estão organizados e produzindo vamos intensificar as lutas e denunciar o latifúndio que ainda concentra um grande contingente de áreas improdutivas na região”, enfatizou os Sem Terra.