LGBTs debatem os desafios enfrentados na construção da Reforma Agrária
Do Coletivo de Comunicação da Bahia
Mais de 50 gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais Sem Terra estarão reunidos na próxima segunda-feira (11), no Parque de Exposição, em Salvador, para realizar a 1º Roda de Conversa com os LGBT Sem Terra.
Com o tema “Reforma agrária e relações de gênero: desafios para a construção de um projeto popular” a roda de conversa pretende debater a identidade de gênero e o fortalecimento da Reforma Agrária Popular através da inserção e o protagonismo dos sujeitos LGBT.
A atividade acontecerá durante o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia que estará mobilizando cerca de 1.500 trabalhadores rurais Sem Terra, de dez regiões do estado, entre os dias 10 e 13.
De acordo com Tiago Hungria, do coletivo de gênero do MST, vivemos um cenário político que é preciso agregar todos os trabalhadores, que estão nos assentamentos e acampamentos, nos debates em torno da construção da Reforma Agrária em nosso país.
“Para isso é necessário pautar a participação, o protagonismo e construir de maneira auto organizada espaços em que as opressões possam ser colocadas em cheque para serem superadas”, destaca Hungria.
Auto-organização
Os LGBTs Sem Terra vêm realizando diversas atividades de estudos e debates, a fim de acumular politicamente em torno das relações de gênero e como esta influência diretamente nas vivências dos sujeitos nas áreas de Reforma Agrária.
Nacionalmente, o Movimento construiu o Seminário MST e a Diversidade Sexual, um grupo de estudos na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e diversas intervenções políticas e espaços auto organizados nos estados.
Na Bahia, os LGBTs e o coletivo de juventude e comunicação realizaram durante dois anos consecutivos uma agitação e propaganda contra a LGBTfobia nas marchas estaduais do MST.