Trabalhadores fecham BR e cobram revitalização do Rio Utinga

Os manifestantes fazem parte do MST, do Movimento de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA) e outras organizações sociais do campo.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

 

Mais de 500 trabalhadores e trabalhadoras fecharam a BR 242, próximo a Tanquinho, na manhã da última quarta-feira (07), no município de Wagner, na Chapada Diamantina, reivindicando a revitalização do Rio Utinga e uma Audiência Pública com o Governo do Estado.

Os manifestantes fazem parte do MST, do Movimento de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA) e outras organizações sociais do campo.

Em Wagner, os camponeses produzem diversas culturas, com destaque à produção de banana, através dos sistemas de irrigação. 

Segundo os trabalhadores, o governo deu uma ordem de suspensão da irrigação, atingindo diretamente as famílias camponesas, que denunciam ainda, os grandes produtores da localidade, “pois estão represando a água do Rio Utinga evitando que chegue nas comunidades rurais”.

Além desses pontos, os manifestantes pautam, com urgência, a construção de uma barragem para beneficiar os agricultores, a recuperação da mata ciliar e a realização de um diagnóstico sócio econômico e ambiental do Rio.

Rio Utinga

Cerca de 40 mil habitantes no território da cidadania Piomonte Paraguaçu e Chapada Diamantina utilizam a água do Rio para o consumo doméstico e produção de alimentos. 

A direção do MST na região, diz que as águas do Rio garantem a segurança alimentar e nutricional das famílias, compreendendo que o excedente daquilo que é produzido serve para abastecer várias feiras livres da região.

Negociação

Durante a ação houve a intervenção da Polícia Militar que mediou todo o processo de negociação com a Secretaria de Relações Institucionais (Serin). 

Como conclusão do processo, foi agendada uma reunião para a próxima segunda-feira (11/01) na sede da Serin, em Salvador. 

Com a reunião marcada, os trabalhadores liberaram, ainda na manhã, a BR.