Mulheres debatem as diferentes formas de opressão do capital no campo

Cerca de 300 mulheres oriundas de assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária do Ceará participam de encontro de formação

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Por Aline Oliveira e Tiago Pereira

Na manhã desta segunda-feira (7), cerca de 300 mulheres oriundas de assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária do Ceará participam de encontro de formação que acontece na Escola Nacional Florestan Fernandes Nordeste (ENFF-NE), em Fortaleza.

A atividade faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres e tem como objetivo trabalhar o processo de formação das mulheres com a  temática do agronegócio, violência contra a mulher (física e psicológica) e os grandes empreendimentos que devastam a natureza e as comunidades tradicionais.

Para Sintia Gonçalves, do setor de gênero no Ceará, “o encontro é um espaço importante para as companheiras entenderem como se organizar e combater os nossos inimigos, ao discutir a temática do agronegócio e da violência contra as mulheres. Certamente estamos dando um passo importante na construção da organização das nossas companheiras nos seus espaços de atuação.”
 

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Já Sandra de Brito, assentada da Reforma Agrária no Assentamento Zumbi  dos Palmares, afirma que gosta muito de participar destas formações e sempre se disponibiliza para participar.

“Discutir a formas de opressão contra a mulher é muito importante. É importante entender que nós também temos o direito de intervir, de participar e lutar contra o sistema, contra o capitalismo que não se importa com o nosso bem estar, mas principalmente com o lucro e a vida é sempre desvalorizada, salienta Sandra.