Cinco mil camponeses marcham em Maceió
Da Página do MST
Numa unidade entre os movimentos sociais do campo e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Alagoas (Fetag-AL), mais de cinco mil trabalhadores rurais iniciam mobilização na capital alagoana. Partindo da praça Sinimbu, os camponeses realizam marchas e atos públicos pelas ruas do Centro, defendendo políticas públicas que colaborem no desenvolvimento do meio rural.
No Alto Sertão do Estado, os camponeses marcham entre Senador Rui Palmeira e São José da Tapera, com um contingente de duas mil famílias, que exigem o cumprimento de projetos de irrigação prometidos desde 2015. Na oportunidade, as famílias questionam pra quem é o acesso à água do Canal do Sertão, que já conta com 100 km executados, mas abriga à sua margem famílias sem abastecimento de água.
Participam das mobilizações além da Fetag-AL, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Unidos pela Terra (MUPT), Via do Trabalho e Terra Livre.
“Esta mobilização faz parte da Jornada de Lutas Unitária dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que ocorre a partir de hoje em todo país criticando o Golpe, exigindo o restabelecimento da democracia e cobrando políticas para o meio rural”, adverte José Roberto Silva, da direção nacional do MST.
“Exigimos o destravamento da Reforma Agrária, bloqueada irregularmente pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a valorização das políticas de compra da produção agrícola, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), bem como a destinação de recursos para o desenvolvimento da agricultura familiar”, conclui.
Os manifestantes esperam ser recebidos pelo governador Renan Filho (PMDB-AL) e os secretários de Estado que tem suas pastas envolvidas nas reivindicações das mobilizações.
A semana está cheia de movimentações, já que nesta terça-feira (06) se inicia a 17ª Feira da Reforma Agrária, do MST, na Praça da Faculdade e no dia 7 de setembro, como de praxe, os movimentos sociais se reúnem no Grito dos Excluídos, na orla.