Trabalhadores do campo e da cidade fazem piquetes e caminhadas em Porto Alegre
Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
Piquetes nas maiores garagens de ônibus e caminhadas marcaram o Dia Nacional de Luta e Mobilização da Classe Trabalhadora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O objetivo foi fazer deste dia 22/09 um “esquenta” com atos e paralisações em preparação a uma greve geral no país.
No estado, as ações foram realizadas pelas centrais sindicais e contaram com o apoio de organizações do campo, como o MST. O Movimento se posiciona contra a reforma da previdência de Temer, que prevê aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres e a desvinculação do aumento do salário-mínimo do reajuste das aposentadorias. As mobilizações também foram em defesa da CLT e por nenhum direito a menos.
Conforme o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, o intuito foi provocar debates na sociedade sobre os retrocessos que estão sendo protagonizados pelo atual governo. Segundo as centrais sindicais, “Temer e federações empresariais querem que os trabalhadores paguem o pato para aumentar o lucro das empresas”. “É preciso resistir, defender o que foi conquistado com muita luta, pressionar deputados e senadores, impedir o roubo de direitos e evitar qualquer retrocesso”, defendem.
“O golpe não era somente derrubar a Dilma. O que está em curso agora são as retiradas de direitos conquistados pela classe trabalhadora e o alinhamento da política econômica aos interesses do capital internacional. Nosso objetivo com as paralisações foi construir um grande movimento para a greve geral no próximo período”, complementa Cedenir de Oliveira, da coordenação estadual do MST.
As concentrações em frente às garagens de ônibus na Capital começaram por volta das 4 horas, e ao amanhecer os trabalhadores iniciaram uma caminhada até o bairro Centro. Ações também foram realizadas nas cidades de Rio Grande, Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul e Santa Rosa, no interior do estado.
*Editado por Rafael Soriano