Estudantes Sem Terra ocupam diretoria do Instituto Federal em Sergipe
Os estudantes reivindicam o repasse dos recursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) para continuidade do projeto
Da Página do MST
Estudantes, filhos de assentados de Reforma Agrária, ocuparam na manhã desta terça-feira (11), a diretoria do Instituto Federal de Sergipe (IFS), no campus São Cristóvão.
O grupo composto por estudantes beneficiados pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), exige o repasse imediato dos recursos destinados ao projeto que por entraves burocráticos continuam retidos. Eles ocuparam a reitoria e solicitaram uma audiência com o Reitor Prof. Ailton Ribeiro de Oliveira, diretor do Campi Professor Alfredo Franco Cabral e Haroldo Araújo Filho, Superintendente Regional do INCRA para tratar da pauta.
Os estudantes também demonstram indignação com esse cenário de descaso, de instabilidade e desvalorização da política agrária pelo governo federal, com a redução drástica dos valores previstos para áreas fundamentais da política, inclusive o PRONERA.
“A princípio quando houve a construção do projeto do curso foi tudo uma maravilha, com discursos muito inspiradores, com comprometimento firmado pelos órgãos parceiros, agora estamos passando por dificuldades de recebimento de recursos, transportes e entrega dos materiais didáticos já licitados”, afirma o estudante Italo Aleixo.
O Curso Agroecologia iniciou em novembro de 2015 com a participação de jovens e adultos assentados da reforma agrária. Desde então, os estudantes que compõe a turma “Egidio Brunetto” passam por várias dificuldades, entre elas a liberação de recursos do programa para execução das aulas.
Diante das dificuldades de entendimento e operacionalização desta política pública na execução do curso superior em Agroecologia, uma parceria do IFS/INCRA/PRONERA, os estudantes preocupados com as diversas dificuldades enfrentadas desde o início da primeira etapa do curso em novembro/dezembro de 2016, ocuparam a reitoria.
*Editado por Iris Pacheco