MST na Bahia realiza Encontro Regional em Teixeira de Freitas

O encontro pretende debater o atual cenário político brasileiro e os desafios organizativos colocados à classe trabalhadora para o próximo período
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Começou na manhã desta quinta-feira (01) e se estende até sábado (03) o 29º Encontro Regional do MST no Extremo Sul da Bahia, reunindo cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra no Clube Kainkan, em Teixeira de Freitas.

O encontro pretende debater o atual cenário político brasileiro e os desafios organizativos colocados à classe trabalhadora para o próximo período. Para isso, alguns temas como o método de direção, trabalho de base, a agroecologia e as relações gênero no bojo das lutas populares mediarão a construção de uma ampla avaliação e um planejamento para o MST na região, vinculados ao debate estadual e nacional.

Nesse sentido, o encontro denuncia a criminalização dos movimentos e organizações populares a partir das perseguições políticas que o MST vem sofrendo em todo país. Exemplo disso, foi a “Operação Castra”, deflagrada no mês de novembro, onde prendeu diversos trabalhadores Sem Terra e legitimou a invasão da Polícia Civil, sem mandado judicial, à Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).

Ao projetar o olhar para o cenário nacional, Evanildo Costa, da direção do MST, fez uma retrospectiva do processo político governamental em nosso país, desde a ditadura militar até os dias atuais.

“Cada período histórico determina um momento político em nosso país, refletindo no comportamento da esquerda nacionalmente. Em 2016, com o desgaste do Governo de conciliação de classe e o golpe, vivemos um acirramento da criminalização dos movimentos populares, em especial do MST”, explica Costa.

Estes elementos estão presentes nas análises e estudos propostos para acontecer no decorrer do Encontro, que contam com a participação e intervenção política da juventude Sem Terra e das mulheres.

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“Precisamos olhar para dentro”

O debate da organicidade interna do Movimento na região ocupa a centralidade de muitos espaços que estão propostos para os próximos dias. Pensando nisto, Elizabeth Rocha, também da direção do Movimento, reforça que olhar para dentro é essencial para fortalecer a estrutura política nos assentamentos e acampamentos.

“O debate da nossa organicidade, associada a construção coletiva dos nossos princípios e valores, são a base material que projeta o nosso Movimento para o próximo período de luta”, afirma.

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