Sem Terra encerram Encontro Estadual na Bahia
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Durante o encerramento do 29º Encontro Estadual do MST na Bahia, realizado neste último sábado (14), cerca de 1,5 mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra lançaram a Campanha de Construção do Centro de Formação Carlos Marighella, que será localizado em Salvador e pretende ser um espaço de articulação e estudo para os movimentos e organizações populares do campo e cidade.
A mística e o legado histórico do baiano, negro, militante, escritor e guerrilheiro Marighella impulsionou a simbologia do ato de lançamento da campanha de construção, por usar como ponte de diálogo, a representação e a identidade de classe em torno deste nome para os diversos movimentos dentro e fora de Salvador.
“Este nome foi escolhido não apenas pela representação e história de luta, mas também pelo acúmulo político que a esquerda tem construído acerca da importância de fazermos espaços de formação unitários, para avançarmos na força social”, explicou Wesley Lima, da direção estadual do MST na Bahia.
A campanha pretende ser um espaço que envolva as famílias assentadas e acampadas no estado. Além disso, construir unidade e se articular com os diversos setores da esquerda baiana, como artistas, professores, estudantes e sindicalistas.
O deputado federal Valmir Assunção (PT) falou da primeira campanha realizada pelo MST na Bahia com este caráter para construção da Secretaria Estadual do Movimento, que também está localizada em Salvador.
“Há 20 anos atrás o nosso Movimento pautou, uniu forças e juntos construímos nossa secretaria. Hoje faremos o mesmo e com o espirito de solidariedade construiremos mais um espaço de luta, resistência e formação”, afirmou.
Formação política
Segundo a direção do Movimento no estado, a construção do centro atende à demanda de um espaço de formação política que agregue novos elementos, um espeço onde os trabalhadores possam formular sobre as diversas questões que envolvem a luta de classe no mundo.
Foi pensando nisto, que para o MST é inviável discutir formação, sem debater primeiro o projeto político que aponte um amplo processo de transformação social e dos sujeitos em sua individualidade.
Compromisso
Cada trabalhador e trabalhadora Sem Terra, ao final do ato, ficaram de pé e assumiram o compromisso de unir forças e, de forma coletiva, construir o Centro de Formação.