Famílias Sem Terra recebem nova ameaça de despejo em Atalaia

O despejo é mais uma ação do latifúndio da região, com a conivência do Estado aos trabalhadores e trabalhadoras rurais que, desde que ocuparam pela primeira vez a área, são alvos de ameaças e ataques

 

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Acampados exigem que a ação rescisória seja julgada de imediato. 

 

Da Página do MST 

Mais de 70 famílias Sem Terra acampadas no município de Atalaia, no acampamento São José, antiga Fazenda São Sebastião, sofrem nova ameaça de despejo, anunciado para esta quarta-feira (15), da área em que vivem sob a lona preta desde o ano de 2004.

De acordo com a direção do MST na região, o despejo é mais uma ação do latifúndio da região, com a conivência do Estado aos trabalhadores e trabalhadoras rurais que, desde que ocuparam pela primeira vez a área, são alvos de ameaças e ataques.

O despejo é realizado com o argumento de um suposto usucapião da terra, em nome da família do antigo arrendatário das terras da Usina, Pedro Batista, que desde 2015 tem ação rescisória no Ministério Público Federal do Trabalho questionando a propriedade da terra.

“Há um processo no Tribunal de Justiça de Alagoas, onde o Ministério Público Federal do Trabalho reivindica o cancelamento do usucapião para que a área seja destina ao pagamento dos trabalhadores da Usina Ouricuri”, reforça a direção do MST.

Os acampados e acampadas exigem que a ação rescisória, impetrada pelo MPF e em tramitação no Tribunal de Justiça (TJ-AL) seja julgada de imediato.

Desde sua ocupação a área é palco de conflito que, em 2005, assassinou o membro da direção estadual do MST, Jaelson Melquíades, em 29 de novembro.