Defender a Terra é central na resistência palestina
Da Página do MST
Em 30 de março de 1976, seis camponeses palestinos foram assassinados pelo exército israelense. Desde então, o povo palestino relembra neste dia a luta pela terra e pela Libertação nacional da Palestina, no Dia da Terra.
Num processo de dominação militar sobre o território ocupado, qualquer resistência que impeça novos avanços e preserve limites das áreas sob a forma da agricultura camponesa é estratégico.
O povo palestino tem no cultivo das oliveiras, árvores muitas vezes milenares, o símbolo da sua resistência. Plantar e colher azeitona nessa terra é como ir à guerra, é lutar numa trincheira, pois, por vezes, é a agricultura que impede o avanço da ocupação colonialista.
O MST aproveita a passagem desta data marcante da luta palestina, para se solidarizar com os camponeses e condenar o assassinato do agricultor Suleiman Hammad, de 85 anos, morto no último dia 08/02 quando um colono israelense o atropelou deliberadamente na estrada próxima à aldeia Al-Khader, nas imediações de Belém, na Cisjordânia.
Defendemos o fim da ocupação sionista e colonialista de Israel sobre o território palestino, que em tempos de ofensiva imperialista e conservadora pelo mundo (a exemplo da eleição de Donald Trump nos EUA) vê possibilidades de se perpetuar e agredir ainda mais o povo da Palestina.
Defendemos também o reconhecimento do Estado Palestino, com sua capital em Jerusalém, e o direito ao retorno de todos os refugiados palestinos, conforme resolução 194 da ONU, e a libertação imediata de todos os presos políticos palestinos.
30 de março de 2017.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST