MST ocupa Incra no Recife e diversos latifúndios no interior de Pernambuco
Por Phillyp Mikell
Da Página do MST
Na manhã desta segunda (17), o MST ocupou a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife. A mobilização ocorre durante a Jornada de Nacional de Lutas e depois de uma semana com ocupações e enfrentamento ao latifúndio em Pernambuco.
Ainda na madrugada do dia 08 (sábado), 50 famílias ocuparam a Fazenda Nossa Senhora de Fátima no Agreste do estado. Rompida a primeira cerca, os trabalhadores e as trabalhadoras rurais seguiram em luta por todas as regiões. No dia seguinte foi a vez do Agreste Meridional, com 50 famílias no município de Passira e Galileia e no município de Vitória de Santo Antão com 70 famílias.
Durante a semana as lutas foram seguindo: Agrestina, Jaboatão do Guararapes, Paudalho, Goiana. Também no Sertão os trabalhadores realizaram ocupações na região do São Francisco e no município de Petrolina, ambas com 400 famílias em cada.
Na Zona da Mata Norte, no município de Itaquitinga, 150 famílias ocupou o Engenho Tracunhaém da Usina Santa Teresa, este novo acampamento foi batizado com o nome de Edvaldo Alves, jovem que foi morto pela Policia Militar durante uma manifestação pedindo mais segurança no município de Itambé.
O MST permanece no Incra no Recife e prepara uma marcha até a Assembleia Legislativa, onde se somará às mobilizações a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape), em uma ato que irá seguir para a praça da democracia e depois Palácio do Governo para cobrar a pauta entregue na última ocupação ao Incra dia 20/02. Na ocasião, o Movimento se reuniu com o governador. Entre os pontos principais estão as desapropriações de latifúndios e o crédito para as famílias camponesas.
É também neste dia 17 que o MST lembra os 21 companheiros mortos no Massacre de Eldorado dos Carajás. Anualmente este momento é marcado por muitas lutas. Mas, este ano a data ganhou ainda mais relevância, pois, completa-se um ano do golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Passado este tempo o que vemos são ataques aos direitos dos trabalhadores e retrocessos em todas as áreas da sociedade em que o governo golpista e ilegítimo de Michel Temer mexe.
Os organizadores do Movimento prometem permanecer no INCRA até que suas demandas sejam atendidas. O MST com sua jornada de lutas em todo Brasil, dá a largada para a Greve Geral que se aproxima (28), para barrar o avanço dos reacionários golpistas, e fazer valer de uma vez por todas o clamor das ruas e de todo povo brasileiro “Fora Temer, Nenhum Direito a Menos”.
*Editado por Rafael Soriano