Em Sergipe, trabalhadores Sem Terra realizam ato em frente ao Incra
Por Luis Fernando
Da Página do MST
Cerca de 600 trabalhadores Sem Terra, movimentos populares, sindicais e entidades que defendem a Reforma Agrária Popular realizaram na manhã desta terça-feira (18) um ato político em frente a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na avenida Coelho e Campos no bairro Santo Antônio, em Aracaju.
A Jornada Nacional também é para recordar o 17 de abril, onde se completa 21 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás no Pará, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos. O confronto entre integrantes do MST e policiais ocorreu em 1996, quando cerca de 1,5 mil Sem Terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras na rodovia PA-150.
O MST aproveita a passagem do Dia Internacional de Luta Camponesa para cobrar dos governos federal e estadual a realização da Reforma Agrária com destinação de terras e demais políticas públicas. O MST Sergipe reivindica a vistoria e desapropriação imediata das áreas em processo para acelerar o assentamento de mais de 9 mil famílias acampadas em Sergipe.
Exigem também a liberação e regularização de cestas básicas para as famílias acampadas, bem como a demarcação e parcelamento das áreas já desapropriadas e o fortalecimento de programas destinado às famílias assentadas, como a assistência técnica, a implementação de agroindústrias e a educação de jovens e adultos.
“Nos últimos tempos acompanhamos um processo devastador de retrocessos nos direitos e garantias fundamentais das trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade. Contudo convocamos toda a militância Sem Terra para que no dia 28/04, façamos uma verdadeira Greve Geral para derrotar os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer”, afirma Roberto Araújo militante do MST.
Os Sem Terra protocolaram uma pauta de reivindicações na Superintendência do Incra, e esperaram um posicionamento do Instituto. O Incra, entretanto, não se posicionou. Informações dão conta que não havia nenhum diretor no momento, ou seja Instituto parado assim como a Reforma Agrária.
*Editado por Rafael Soriano