Em nota, MST pede a libertação de todos os presos políticos palestinos
Da Página do MST
Desde o últimos dia 17, mais de 1300 prisioneiros palestinos iniciaram uma greve de fome coletiva por tempo indeterminado.
Desde 2013 não havia um movimento coletivo dessa envergadura. Naquele ano, três mil detentos fizeram uma greve de fome por um dia em protesto contra a morte de um detento na prisão.
O apoia a a mobilização de todos os presos palestinos. E em nota, o Movimento se reafirma em defesa do direito de retorno de todos os refugiados palestinos e existe a libertação imediata de todos os prisioneiros políticos.
Confira o texto:
Neste 15 de maio lembramos das famílias palestinas que foram expulsas de suas casas, vilas e aldeias em 1948, quando foi criado o chamado Estado de Israel.
A Palestina estava sob ocupação militar britânica desde 1918. Os palestinos queriam uma pátria livre e um Estado Laico e Democrático. Mas entre 1897 e 1947 um poderoso movimento colonialista e racista chamado sionismo, com amplo apoio do imperialismo inglês e estadunidense, foi tomando as terras e construindo um exército na Palestina. Grupos terroristas sionistas como Irgun, Haganah e Stern atacaram aldeias e mataram civis palestinos entre 1939 e maio de 1948.
Esses e outros grupos terroristas se uniram e deram um golpe de Estado entre 14 e 15 maio de 1948, criando, de maneira ilegal e contra a vontade da maioria da população local, o Estado de Israel. Criado por um movimento colonialista e em terras palestinas, o surgimento dessa entidade sionista é a origem do conflito atual. Entre 15 de maio e dezembro de 1948 531 aldeias palestinas e 11 bairros palestinos urbanos foram destruídos. Entre 1948 e 1949 850 mil famílias palestinas foram expulsas pelo então criado Exército de Israel. Começou a Al Nakba (“A catástrofe”), com milhares de refugiados sendo obrigados a deixar a sua pátria.
O MST defende que Israel seja obrigado a cumprir a Resolução 194 da ONU, que garante o direito de todos os refugiados palestinos retornarem para suas terras. O povo palestino tem o direito de lutar contra a ocupação de suas terras, e de usar de todos os meios assegurados pelo direito internacional e pela história dos movimentos de libertação nacional para que um dia sua pátria possa desfrutar de uma verdadeira situação de soberania, independência e autodeterminação, como orienta a Carta das Nações Unidas.
O MST faz parte da Campanha Global pelo Retorno a Palestina, que esteve reunida em Beirute/Líbano nos dias 1, 2 e 3 de maio, e reafirmou como prioridade a luta em defesa dos refugiados palestinos em qualquer parte do mundo, e também deu destaque para a atual greve de fome dos prisioneiros palestinos em cárceres israelenses, iniciada em 17 de abril. Nossa total solidariedade aos prisioneiros palestinos, que colocam sua vida em risco para defender o seu povo e a sua pátria.
Nós, do MST, pedimos que todas as organizações e movimentos da classe trabalhadora do Brasil, da América Latina e do mundo façam um grande esforço para divulgar, apoiar e lutar junto com os prisioneiros palestinos. Temos que fazer debates em escolas e universidades, manifestações em ruas e praças públicas, atos em consulados e embaixadas de Israel e outras atividades para dar voz a esses homens e mulheres que lutam por justiça, liberdade e independência nacional.
Todos os partidos e organizações palestinas estão unidos na luta dos prisioneiros. Greve de fome por liberdade imediata das crianças, das mulheres e dos doentes.
Greve de fome pela liberdade de todos os presos políticos!
Viva a luta do povo palestino!
Viva a Campanha Global pelo Retorno a Palestina!
Liberdade para todos os presos políticos palestinos!
Até a vitória, venceremos!