Sem Terra realizam IX encontro estadual de educadores e educadoras da Reforma Agrária no Ceará
Por Aline Oliveira
Da Página do MST
Na manhã da ultima terça-feira (18), cerca de 300 pessoas entre educadores/as, convidados de universidades e organizações parceiras participaram da atividade do IX Encontro dos Educadores e Educadoras das Áreas de Reforma Agrária do Ceará. O evento que acontece até o dia 21/07 está sendo realizado na escola de ensino médio do campo Nazaré Flor localizada no assentamento Maceió em Itapipoca, Ceará.
A atividade além de formativa, é um momento de confraternização e mística que tem o intuito de fortalecer a pertença dos sujeitos, a forma de organização e implementação do projeto político pedagógico das escolas do campo.
Em 2017 o setor de educação do MST completa 30 anos, portanto, o encontro é também a comemoração da luta e das conquistas obtidas ao longo de sua trajetória. Além disso, 2017 é o ano da Revolução Russa, da Pedagogia Socialista, e os 28 anos do surgimento do MST no Ceará.
Durante os quatro dias de encontro estão sendo debatidos temas importantes no processo de formação dos sujeitos, como; análise de conjuntura agrária e politica brasileira, educação no MST, identidade, pertença, planejamento e organicidade do setor de educação.
Para Andréia Castro da direção estadual do setor de educação do Ceará, o encontro Estadual de Educadores/as do MST acontece em um período histórico em que a conjuntura brasileira exige esforços da classe trabalhadora, na organização da resistência popular.
“Diante do avanço feroz do capitalismo, retirada de direitos, historicamente conquistados, a educação tem sido um pilar fundamental na construção da consciência de classe, portanto, é importante que nossos educadores/as compreendam a conjuntura, pois estes desempenham um papel essencial com os nossos Sem Terrinhas, jovens, adultos, exercem um papel de formadores de opinião nesse processo”, afirma Castro.
Já para Leiliane Araújo, educadora e assentada, no município de Canindé: “o encontro vem contribuir com processos de formação e entendimento da atual conjuntura imposta para classe com o golpe ainda em curso e, através desse entendimento, implementar na pratica a proposta pedagógica do movimento nos assentamentos, nas escolas do campo, uma proposta que visa a transformação social, a construção de um novo homem e de uma nova mulher”.