Sem Terra ocupam os trilhos da ferrovia Ferronorte em Rondonópolis, Mato Grosso
Da Página do MST
O ministro Blairo Maggi ao apresentar a perspectiva da licitação da Ferrogrão (estimado em 10 bilhões de reais) representa o interesse das principais empresas que fazem negócio com a comercialização de grãos, incluindo a própria AMAGGI, além de CARGIL, ADM e BUNGE e outras.
A Ferronorte e a Ferrogrão integram uma demanda de quatro ferrovias que ampliará o escoamento da soja produzida no Mato Grosso, o que não significará aumento da arrecadação do estado, pois o setor que será contemplado com esse investimento é o mesmo setor que nos últimos 17 anos recebeu quase 40 bilhões de reais em isenções.
Pensando no desenvolvimento do agronegócio o estado fecha os olhos para a diversidade de problemas sociais e ambientais causados pelos transportes ferroviário de carga, como os impactos amplamente denunciados pela articulação justiça nos trilhos, em relação ao trem da Vale.
Entendendo ser injusta a relação de promiscuidade entre o agronegócio e o estado – onde as obras de infraestrutura com objetivo melhorar o desenvolvimento do agronegócio tem prioridade de investimentos em detrimento dos trabalhadores rurais e do serviço público que vem tendo sistematicamente seus direito negados – que o MST ocupa no desde a manhã de hoje (27), os trilhos da ferrovia Ferronorte.