1º Encontro de Adolescentes Sem Terra da região sul do Brasil terminou nesta quinta-feira
Por: Maria Luiza Francelino
Da Página do MST
Fotos: Juliana Adriano
Na manhã desta quinta-feira (31), terminou o I Encontro dos Adolescentes Sem Terra das Áreas de Reforma Agrária da região sul do país, que contou com a presença de aproximadamente 100 adolescentes de 12 a 15 anos. A atividade aconteceu na Escola Latino-americana de Agroecologia (ELAA), localizada no Assentamento Contestado, município da Lapa, interior do Paraná.
O encontro de quatro dias teve como objetivo discutir a participação e a auto-organização dos estudantes na luta pela educação, pela Reforma Agrária, a inserção na militância e o projeto popular para o Brasil.
Para a educadora Geise Back, a sensação é de dever cumprido. “O principal objetivo desse encontro é ser um espaço formativo e de debate acerca das perspectivas de inserção e participação na luta desses sujeitos. Esperamos que seja um espaço de formação humana para esses adolescentes, que eles possam voltar para suas áreas e buscar o seu espaço de participação desde as demandas de seus territórios, e que reflitam como podem planejar seu presente e seu futuro dentro da luta”, afirmou.
Na programação, além das oficinas de teatro, batucada, dança, colagem, ateliê popular, estêncil, clown e jogos coorporativos, aconteceram três eixos de debates conectados aos temas: Adolescência, Sexualidade e Corpo; Natureza, Ser-Humano e Agroecologia; Coletividade, Cooperação e Auto-organização.
“A iniciativa do encontro preencheu uma lacuna que existia entre os espaços destinados aos Sem Terrinha e o Coletivo de Juventude do MST. Para tanto nada mais certeiro que um Encontro de Adolescentes Sem Terra”, disse Back.
No último dia, o clima entre os adolescentes era de satisfação por terem conseguido encaminhar trabalhos e metas que deverão ser cumpridas em suas bases. “No primeiro encontro dos adolescentes a gente teve a oportunidade de libertar nossa voz, tendo acesso há novos aprendizados direcionados para nossa faixa etária. São novas experiências. Eu achei bem bacana”, afirma a adolescente assentada Alana Lourenço.
Com a bagagem carregada de conhecimento e novas experiências, os adolescentes retornam aos seus estados pra continuar com a ousadia de pessoas que lutam por um projeto popular.
*Editado por Leonardo Fernandes