Ocupação do Incra e do Ministério da Fazenda inicia jornada de lutas em Alagoas

Em todo o país, trabalhadores Sem Terra estão mobilizados em defesa da Reforma Agrária.

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Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

 

Centenas de camponeses e camponesas ocupam na manhã desta segunda-feira (16) os dois prédios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a sede do Ministério da Fazenda, em Maceió, denunciando os ataques aos trabalhadores rurais, com o corte no orçamento destinado para a Reforma Agrária e agricultura familiar e camponesa, e exigindo o descontigenciamento do recurso para o ano de 2017 e a recomposição do orçamento para o próximo ano.

Organizados na Comissão Pastoral da Terra (CPT), no Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), no Movimento Via do Trabalho (MVT) e no MST, os trabalhadores e trabalhadoras rurais vindos de todas as regiões do estado, se somam à Jornada Nacional do Campo em Defesa da Reforma Agrária.

“Nossa Jornada Unitária em Defesa da Reforma Agrária é mais uma resposta dos movimentos do campo aos ataques desse governo golpista nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, explicou Margarida da Silva, da Direção Nacional do MST. “Vamos mais uma vez demonstrar que não ficaremos calados frente ao desmonte da política de Reforma Agrária”, completou.

 

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Para Josival Oliveira, da Coordenação do MLST, a Jornada de Lutas é mais uma expressão da insatisfação do povo do campo com a condução do país. “A situação que estamos vivendo hoje em nosso país e a condução política feita pelos golpistas que estão no poder, exigem uma reação urgente do povo”, disse.

“Nossa jornada é uma reação a esses ataques, não só pela retirada dos direitos da classe trabalhadora, mas também no sentido de mostrar e dialogar com a sociedade de que é preciso reagir”, afirmou Oliveira.

Em todo o país, trabalhadores Sem Terra estão mobilizados em defesa da Reforma Agrária, denunciando os ataques do governo na vida dos homens e mulheres do campo.

 

*Editado por Leonardo Fernandes