Segue a mobilização da ocupação do Horto Florestal Tatu no interior de São Paulo
Por Wilon Mazalla Neto
Da Página do MST
Desde a tarde de (20), cerca de 100 famílias Sem Terra ocupam uma área do Horto Tatu, na cidade de Limeira, interior de São Paulo. Na terça-feira (24), a Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) esteve no local e reafirmou que as terras estão sob domínio federal e os processos estão caminhando para sua destinação à Reforma Agrária.
No dia seguinte (25), frente à forte articulação jurídica entre o MST e aliados, o juiz estadual da Vara da Fazenda Pública de Limeira remeteu o processo à Justiça Federal. Segundo Daniel José, da direção regional do MST, a presença do Incra no local é de suma importância.
“É muito importante a presença do Incra aqui, isso nos dá força para a lutar porque o Incra sabe que reivindicamos algo que já era para ter sido resolvido. Estamos sobre uma área federal, a prefeitura não tem direito sobre ela e através de nossas lutas e reivindicações fizemos com que o processo fosse passado para a Justiça Federal”, salientou.
As famílias seguem na ocupação, organizando e prezando pelo espaço público. Já existe um espaço para a Ciranda Infantil, um barracão de vivência coletiva e o plantio de árvores e cultivos caminham redesenhando o cenário, antes tomado pelo abandono.
Nesta quinta-feira (25), uma representação do MST visitou o monsenhor Bruno-Marie Duffe, Secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, diretamente ligado ao Papa Francisco. O monsenhor estava num evento na região e manifestou satisfação com a visita das famílias sem terra. Eunice Pimenta, da direção estadual do MST, relata que o religioso recebeu o Movimento com muita generosidade e reafirmou o compromisso do Papa Francisco com a classe trabalhadora.
“O objetivo maior do Papa é garantir terra, trabalho, teto e que todos que queiram trabalhar na terra possam ter um pedacinho de chão”, finalizou.
Editado por Maura Silva