Famílias do Acampamento Helenira Rezende resistem a ação de despejo

O CME já está nos lotes executando os despejos.15 caminhões e uma retro-escavadeira enviadas pela Agropecuária Santa Bárbara também estão no local.

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Da Página do MST
Foto: Ginno Perez

 

Nesta segunda-feira (27), por vota das 7h da manhã (horário local), o Comando de Missões Especiais chegou no Acampamento Helenira Rezende, no Sudeste do Pará, para cumprir a medida liminar de reintegração de posse na Fazenda Cedro/Fortaleza. 

Grande parte das famílias já se organizam pra sair da área denominada fazenda Cedro. No entanto, a área que supostamente é a fazenda Fortaleza, ainda depende do resultado do georeferenciamento do Instituto Nacional Colonização e Reforma Agrária (Incra), que iniciará hoje. Para além dos técnicos do Incra, o trabalho será acompanhado por um perito do Instituto de perícias Renato Chaves e 2 professores da UNIFESSPA. 

O CME já está nos lotes executando os despejos.15 caminhões e uma retro-escavadeira enviadas pela Agropecuária Santa Bárbara também estão no local. 

Todos aguardam o resultado da perícia da área.

Série de despejos

Além do acampamento Helenira Rezende, outros dois territórios com famílias do MST no Sul e no Sudeste do Pará estão sob ameaça de despejo até o fim de 2017.

Os três acampamentos estão na lista de 20 áreas ameaçadas de despejo nessas regiões paraenses. Segundo estimativas, um total de 2 mil famílias moram nos terrenos que são alvo de determinação judicial para reintegração de posse.

O acampamento Helenira Rezende é marcado pela produção agrícola e ecológica. As famílias produzem cerca de 1,5 mil litros de leite por dia, além de possuir uma plantação de 10 mil pés de bananas e mais de 40 hectares de mandioca. As produções garantem a alimentação das famílias e também são comercializadas. 

 

 

*Editado por Rafael Soriano