Educação e agroecologia caminham lado a lado no extremo sul da Bahia
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
“Os educadores possuem papel fundamental no regaste histórico das formas de produção que respeitem a natureza”, afirma Dionara Ribeiro, da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no 1º Seminário de Socialização das Experiências Agroecológicas das Escolas do MST no Extremo Sul da Bahia.
O Seminário aconteceu na Escola Popular, localizada no Assentamento Jaci Rocha, no município do Prado, e contou com a participação de 45 educadores e educadoras do MST entre os dias 29/11 e 1º de dezembro.
Com o objetivo de fortalecer a troca de conhecimento entre as escolas dos assentamentos e acampamentos, a partir das práticas agroecológicas que acontecem no âmbito escolar, o evento é fruto das experiências e da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras Sem Terra. Uma conquista dessa luta, foi a inclusão do tema como disciplina ou de maneira interdisciplinar em algumas escolas do campo.
Dionara acredita que a partir da observação da realidade na região, o coletivo ampliado de educação do MST, ao decidir construir coletivamente as propostas e ações curriculares às escolas do campo conseguiu avançar politicamente na construção da Reforma Agrária Popular. “São três questões que caminham juntas: educação, agroecologia e luta pela terra”, pontua.
Estas questões nortearam os três dias do Seminário, que apontou novos desafios às práticas educacionais e aos instrumentos de formação política do MST.
A educadora Iseliane da Silva destaca que o espaço além de possibilitar a troca, compartilhou experiências existentes nas escolas a partir de um olhar crítico da realidade. Neste contexto, ela explica que “a educação agroecológica é a base para realização de um método transformador”.
*Editado por Maura Silva