MST conquista mais uma escola do campo no Ceará
Por Aline Oliveira
Da Página do MST
Na tarde desta quinta-feira (07), foi inaugurada mais uma escola de ensino médio do campo, no assentamento Antonio Conselheiro, município de Ocara, no Ceará.
A solenidade de entrega contou com a participação de aproximadamente 800 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra. Esteve presente o governador do Estado Camilo Santana (PT), o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Zezinho Albuquerque, o secretário de Educação, Idilvan Alencar, a prefeita da cidade de Ocara, Amália Lopes (PP), além de feputados estaduais e federais.
A Escola recebeu o nome de Francisca Pinto dos Santos, em homenagem a uma mulher, mãe, educadora popular, militante do MST e assentada da Reforma Agrária, no Assentamento Antônio Conselheiro, que durante toda sua vida se dedicou à militância pela educação do campo e às lutas populares. No ano de 2012 veio a falecer, mas deixou seu legado de força, coragem e persistência.
O governador Camilo Santana reafirmou o compromisso com os trabalhadores e destacou que “essa escola é fruto da luta e do trabalho do MST, dos assentados e assentadas da Reforma Agrária do Ceará, portanto, parabéns e viva a educação do nosso Estado”.
Já o educando Tiago Pereira afirma que a inauguração da escola no assentamento é a realização de um sonho coletivo de ter acesso a uma educação de qualidade.
“Para nós, educandos/as da Escola Francisca Pinto dos Santos, é uma alegria e uma honra inaugurar esta escola, que ao longo destes quatro meses de funcionamento já aprendemos a amar e a cuidar, e gostaria de aproveitar esse momento de realização de um sonho coletivo. Quero agradecer cada assentado/a, ao MST, às comunidades e ao governo do Estado do Ceará, por nos proporcionar a realização deste lindo sonho de ter acesso a uma educação de qualidade e dentro do nosso espaço de vivência”.
Dirigente nacional do MST no estado, Neidinha Lopes, salientou que além de comemorar este é um momento de reafirmar a luta por uma outra educação para o campo. “De demonstrar que um outro campo é possível, pautado nas novas relações humanas, com uma educação que inclua e que tenha como base o ser humano, que respeite e valorize os saberes populares e que escute os anseios da classe trabalhadora. Não é apenas de um prédio, para além da estrutura é uma conquista no avanço do nosso projeto de educação e de vida.”
*Editado por Iris Pacheco