Doces e compotas: uma aposta dos trabalhadores Sem Terra na Bahia

Oficina foi realizada com a ideia de aproveitar os frutos produzidos pelas próprias famílias assentadas, através da criação de uma agroindústria.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

O Assentamento Luís Inácio Lula da Silva, localizado em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, realizou entre os dias 20 a 24 de novembro um curso de fabricação e conservação de alimentos, compotas, frutos cristalizados, geleias e doces diversos, em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

A oficina contou com a participação de 15 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra, de 16 a 40 anos, e buscou qualificar as atividades coletivas já desenvolvidas na comunidade. Ao todo, o espaço promoveu, de maneira integrada, a produção de diversos produtos, dando condições para o fortalecimento da produção agroindustrial.

Nesse sentido, a partir das atividades de formação, a proposta é que as famílias Sem Terra aproveitem os frutos de seus próprios pomares, preservando o alimento processado por mais tempo e garantindo alternativas para o cardápio da família, além da comercialização.

De acordo com Antônio Pestana, presidente da Associação do Assentamento, o curso, além de visar a melhoria de vida dos moradores através da produção e comercialização dos doces, fortalece o debate da agroindústria, que é um tema importante para os assentados e assentadas.

 

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“Durante o curso, a gente produziu uma variedade de doces e compotas de abacaxi, goiaba […] Estamos utilizando os produtos da terra, sem o uso de venenos ou conservantes”, destacou Pestana.

Para a assentada Maria Francisca, em um primeiro momento, a meta é produzir para a família e para presentear os amigos, mas no futuro, existe a possibilidade de comercializar a sua produção. Tendo em vista, que há muitas frutas em sua área no assentamento. “A proposta é produzir para que, coletivamente, possamos manter nossas casas e vender o que sobrar”, afirmou.

 

*Editado por Leonardo Fernandes