MST retoma jornada de alfabetização no Maranhão
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Após o recesso de natal e ano novo, o MST no Maranhão retomou as atividades da Jornada de Alfabetização. Foi uma semana inteira de mobilização e reorganização das turmas e dos espaços educativos.
Com as aulas iniciadas em setembro do ano passado, a Coordenação Pedagógica da Jornada de Alfabetização avalia como necessário uma pausa nas atividades educativas do &”39;Sim, eu posso!&”39;. A necessidade se dá principalmente porque várias famílias que vivem nas comunidades rurais viajam para visitar familiares, ou recebem visitas em suas casas e comunidades, o que causaria dificuldades de retorno dos educandos em sala de aula.
O recesso foi de exatas duas semanas, tendo o retorno das atividades ocorrido no dia 8 de janeiro. A primeira semana do &”39;Sim, eu posso!&”39; neste ano foi principalmente de mobilização e animação dos educandos, que já somam quase 20 mil pessoas. “É um momento que exige muito de todo o coletivo, dos coordenadores, brigadistas e alfabetizadores”, afirma Leandro Diniz, brigadista em Santa Filomena, região central do estado. “É um momento de trabalho de base e animação para a continuidade do processo”, conclui.
Mais desafios
A retomada das atividades do &”39;Sim, eu posso!&”39;, vem acompanhada de mais um grande desafio: O início de janeiro é um período chuvoso que pode durar pelo menos cinco meses.
Quase todos os municípios que recebem a Jornada de Alfabetização são povoados e comunidades rurais onde os alunos moram distantes dos locais de aulas. Em Santa Filomena, alguns educandos caminham cerca de três quilômetros até a escola. O mesmo ocorre no município de Água Doce, no leste do estado.
A mobilização pela permanência dos educandos em aula tem sido permanente, segundo a Coordenação Pedagógica do programa. A segunda fase da Jornada de Alfabetização no Maranhão está na fase final. A previsão é que em mais três semanas, educandos comecem a apresentar a escrita e a leitura de textos, parte da concretização do aprendizado.
Após essa fase de escritas e leituras, a Jornada avança para os chamados “Círculos de Culturas”, espaços com dinâmicas de integração, que utilizarão temas importantes relacionados à realidade das comunidades, com o objetivo de auxiliar no aprofundamento da leitura e da escrita.
*Editado por Leonardo Fernandes