Encontro Nacional de Agroecologia promete reunir duas mil pessoas em Minas Gerais
Por Jaqueline Deister
Do Brasil de Fato
Com o lema ‘Agroecologia e Democracia Unindo Campo e Cidade’, o quarto Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), promete reunir cerca de duas mil pessoas de todos os estados do Brasil, na cidade de Belo Horizonte (MG), entre maio e junho deste ano. Enquanto o evento não chega, os estados aprontam os preparativos finais para o Encontro.
No Rio de Janeiro, em outubro do ano passado, ocorreu o sexto Encontro de Agroecologia do estado, em Parati, já com o intuito de incentivar os debates políticos que irão permear o Encontro Nacional. Generosa de Oliveira é da coordenação da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro, ela conta que a atividade de Parati reuniu cerca de 420 pessoas e que o espaço contribuiu para amadurecer as discussões que irão ocorrer em Belo Horizonte.
“Discutimos as questões graves ambientais e sociais dos conflitos, mas também tivemos uma feira de socialização de produtos, fizemos uma oficina de socialização de experiência que vai desde as experiências educacionais, agroecológica, das mulheres, da juventude e tiramos uma carta política que foi todo um processo de discussão nos últimos três anos do ENA passado para este”, afirma.
Para Oliveira, o Encontro Nacional de Agroecologia será um local importante para divulgar as experiências de agroecologia urbana que ocorrem nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
“Queremos valorizar essas experiências de agricultura urbana e agroecologia que existem nas capitais, esperamos dialogar com a sociedade, por isso será feito na praça, ao ar livre, atividades em que a sociedade possa estar dialogando com as experiências de agroecologia que existem pelo Brasil a fora”, ressalta.
A expectativa é que 70% dos participantes do ENA sejam agricultores e agricultoras familiares, camponeses e camponesas, povos indígenas, comunidades quilombolas, pescadores e pescadoras, outros povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária e coletivos da agricultura urbana diretamente envolvidos na construção da agroecologia em contraposição ao modelo de desenvolvimento industrial vigente.