Sem Terra ocupam prefeitura de Rio Bonito, no Paraná
Da Página do MST
Na manhã desta segunda-feira (23), cerca de 500 militantes dos Acampamentos Herdeiros da Terra e Primeiro de Maio, junto com os assentados do município, ocuparam a prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu no Paraná, para reivindicar uma melhor atuação da administração das políticas públicas por parte da prefeitura, nas áreas da saúde, educação, e infraestrutura, principalmente no que se refere a construção e manutenção de estradas rurais.
O município, que se localiza na região central do estado, tem pouco mais de 14 mil habitantes e sua grande maioria está localizada no campo, considerando assim que seu desenvolvimento socioeconômico depende da produção agrícola destas agricultoras e agricultores.
O Movimento entende que é necessário fazer a luta para visibilizar esse aspecto da constituição da população do município ser em sua grande maioria de assentadas/os e acampadas/os, ao mesmo tempo em que lembra a grande influência histórica do MST para o crescimento e desenvolvimento de Rio Bonito.
“Mostramos por meio desta mobilização nossa insatisfação com a administração pública que muito promete e pouco faz. Tentamos muitas vezes um diálogo com o prefeito Ademar Fagundes em reuniões, fechamos acordos que não foram cumpridos e viraram promessas. Há uma ineficiência em atender as demandas desta parcela da população, porém em épocas de campanhas eleitorais o &”39;papo&”39; é outro. Portanto, nós que estamos sofrendo por parte da má administração pública exigimos mudanças”, afirma os dirigentes na região.
O município passa por um crescimento populacional a cada novo assentamento construído, o que significativamente gera renda e lucro para o município. Além disso, os assentamentos também tem o importante papel de gerar renda e desenvolvimento local.
Diante disso, o Movimento coloca mais uma vez sua pauta de reivindicações e exige o atendimento dela por parte dos governantes, afirmando que a ocupação na prefeitura permanecerá por tempo indeterminado, já que os Sem Terra estão dispostos a montar um acampamento com barracos e salas de aulas, mantendo assim assim a luta permanente pela Reforma Agrária.
*Editado por Iris Pacheco