MST repudia ofensiva do judiciário contra a luta pela terra no RJ

As famílias aguardavam deslocamento para uma nova área quando receberam ordem de prisão da oficial de justiça
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As famílias aguardavam deslocamento para uma nova área quando receberam ordem de prisão da oficial de justiça, Foto: Pablo Vergara

 

Da Página do MST 

Na tarde desta quarta-feira, 02, trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra lançam uma nota repúdio ao poder judiciário por criminalizar a luta pela terra no Rio de Janeiro, devido a ocupação do latifúndio em Rio das Ostras no dia 21 de abril pelo MST, onde as famílias que ainda permaneciam aguardando o deslocamento para a nova área receberam voz de prisão pelo oficial de justiça. 

“Trata-se de clara tentativa de criminalização da luta por terra e moradia. As famílias já estavam saindo pacificamente quando a oficial provocou o conflito”, afirma trecho da nota. 

A propriedade ocupada é um latifúndio improdutivo e o proprietário foi condenado em ação civil pública por impacto ambiental ao despejar dejetos no leito do rio da propriedade que acabou por atingir a Reserva Biológica das União, um grande patrimônio ambiental pela sua riqueza em biodiversidade.

Confira abaixo na integra. 

Nota de Repúdio da ofensiva do Judiciário criminalizando a luta pela terra

Neste momento a oficial de justiça que foi fazer o despejo da área ocupada pelo MST em Rio das Ostras no dia 21 de abril deu voz de prisão as famílias que ali ainda permaneciam aguardando o deslocamento para a nova área. 

Trata-se de clara tentativa de criminalização da luta por terra e moradia. As famílias já estavam saindo pacificamente quando a oficial provocou o conflito. É preciso dizer que esse não deve ser o papel do judiciário, que longe de ser o abrigo aos trabalhadores no acesso à justiça, bem adotando posturas arbitrárias contra os que clamam pela efetividade da Constituição cidadã de 1988.

Não permitiremos essa tentativa de criminalizar a Reforma Agrária!!!
Ocupação Edson Nogueira Resiste!!! 

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio de Janeiro