Sem Terra na Bahia em defesa da democracia

Trabalhadores Sem Terra realizaram no mês de abril diversas lutas em defensa da democracia, pela liberdade do presidente Luta e Reforma Agrária

 

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Dando seguimento a Jornada Nacional de luta a favor democracia, liberdade do ex-presidente Lula e a Reforma Agrária. Trabalhadores Sem Terra na Bahia realizaram 16 ocupações de fazenda, 20 trancamentos de rodovias, 17 atos nos centros urbanos, diversas mobilizações e atos em Salvador, inclusive  no Farol da Barra. Ao todo foram mais de 2.000 novas famílias Sem Terra acampadas e 10 mil militantes participando dos atos a favor da democracia e liberdade do ex-presidente Lula.

“Mais uma vez nos colocamos à frente pra dizer quem somos e porque lutamos. Diante deste cenário político, onde a classe trabalhadora esta sendo cruelmente destruída por um governo, parlamentares, justiça e mídia golpista, com perda de direito, reforma trabalhista e previdência, além de como esta sendo feito a prisão do ex-presidente lula sem prova e a impunidade dos assassinatos dos companheiros que tombaram na luta”, afirma Lucineia Durães, da direção do MST.

As ocupações ocorreram Fazenda Aliança, no município de Eunápolis; Fazenda Mox, no município de Casa Nova; Fazenda Bambuzal, no município de Caravelas; Fazenda Copacabana, no município de Medeiro Netos; Fazenda Campo do  Pó no município de  Nova Viçosa; Fazenda Mirabella  no município de Itagibá;  Fazenda Santo Antônio, no município de Apuarema; Fazenda Jiquitaia, no município de Jaguaquara; Fazenda Tupipa, no município de Jeremoabo; Fazenda Pedra de Água, no município de Chororó; Fazenda Instancia Temak, no município de  Barra do Choça; Fazenda Baixa de Caraim, no município de Maiquinique; Fazenda Boa Sorte, no município  de Santo Amaro; Fazenda Beira Rio, no município de Candeias;  Fazenda Rancho Alegre, no município de Caatiba; Fazenda Paus Pretos, no município de Chorrochó.

O Brasil vive um momento intenso na conjuntura política do nosso país, desde golpe em 2016. Diversas manifestações e ocupações mobilizam toda classe  trabalhadora contra as perdas de direito, criminalização dos movimentos sociais, a  democracia e a liberdade do ex-presidente Lula.

Os latifundiário e o agronegócio, sempre foram grandes inimigos da agricultura familiar e camponesa, na ofensiva para o controle e concentração de terra, priorizando o monocultivo de celuloses, milho e soja. Além de pautarem junto à sociedade através da comunicação de massa a necessidade de liberação de mais sementes transgênicas e com isso, o uso abusivo de venenos na produção de alimentos.

Ressalte-se que este modelo capitalista ocupa nossas casas criando sua hegemonia, financiando e se apropriando de expressões populares da cultura, nas regiões, atingem a juventude, e criam um ambiente  positivo para eles.

Diante desse cenário o MST e outros movimentos sociais ocupam as cidades e campos, dialogando com a população sobre a importância de se discutir um modelo de agricultura que respeita o meio ambiente, a saúde e a natureza, trazendo a proposta de um novo modelo produção agroecológica. Ergue a bandeira da Reforma Agrária para todos trabalhadores e assim fortalecendo a luta e assumido a tarefa em todos os setores  da sociedade.

O MST sempre esteve presente na luta pela construção de uma sociedade igualitária, onde os direitos e deveres fossem para todos, não só para uma minoria. Lutando contra o capital e construído uma sociedade realmente justa e emancipadora, convocou toda sua militância e população para engrossar as fileira de luta no mês de abril.

Para Peba, militante do Movimento no estado, “as ocupações cumprem seu papel de pressionar o estado realizar a  Reforma Agrária”, reafirma. “Enquanto existir pessoas Sem Terra e terra sem gente, o MST estará lutado pela terra”, conclui.

 

 

*Editado por Rafael Soriano