Governo Taques não negocia e autoriza despejos em áreas públicas
Da Página do MST
Nas últimas semanas as famílias do acampamento Padre José Tenente Cate no município de Jaciara, Mato Grosso do Sul, estão sofrendo com constantes ameças de despejo. Os Sem Terra estão ocupando e produzindo na área há cerca de dois anos, essa produção além de garantir a sobrevivência dos acampados é doada para a comunidade no município de Vale do São Lourenço. Diante disso, o MST vem a público denunciar a repudiar “todas estas ações injustas e truculentas que vêm sendo cometidas contra as famílias Sem Terra que lutam legitimamente pelos seus direitos”.
Acompanhe:
Como já é de conhecimento de todos e todas, vivemos um momento de intensa ofensiva do capitalismo, querem deslegitimar e criminalizar nossas lutas, criando uma situação de tensão, buscando permanentemente através dos meios de comunicação de direita, especialmente a Rede Globo, desinformar, alienar e tentar jogar a sociedade contra as legítimas lutas do povo trabalhador do campo e da cidade.
Diante desse cenário, é tarefa da classe trabalhadora nesses momentos difíceis, se unir fortemente na construção do nosso projeto de sociedade e na defesa dos nossos territórios que estão em constante disputa.
Aqui no Mato Grosso, não diferente de outros Estados do Brasil, as Organizações Sociais do Campo (MST e outras), vêm sofrendo uma grande ofensiva das Oligarquias/Agronegócio aliadas ao poder Judiciário e ao Estado, criando uma situação de instabilidade, repressão e violência principalmente em nossos acampamentos.
Em 2018, essa disputa se acirra, e com isso vem sendo realizados diversos despejos das famílias que estão acampadas em áreas públicas, como é o fato que está ocorrendo com dois dos nossos acampamentos, Padre José Ten Cate em Jaciara com 400 famílias (02/07) em uma área pública do Município onde estavam há dois anos e meio vivendo e produzindo uma diversidade de alimentos enquanto segue a luta pelo assentamento definitivo. E mais recentemente saiu pela segunda vez, a reintegração de posse do Acampamento Renascer em Cáceres, com 60 famílias, que já sofreram um despejo em fevereiro de 2018, também de uma área pública.
Sabemos que todas essas ações fazem parte desta grande ofensiva, na tentativa de combater todas as formas de Lutas e de Resistência da Classe Trabalhadora.
Denunciamos e repudiamos todas estas ações injustas e truculentas que vêm sendo cometidas contra as famílias Sem Terra que lutam legitimamente pelos seus direitos. Ao mesmo tempo, reafirmamos nossa disposição de seguir lutando, organizando e resistindo a essa dura ofensiva. A nossa luta, como diz a canção “é no campo e na cidade pra construir uma nova sociedade…”.
Camaradas de lutas e de sonhos, seguimos firmes construindo a solidariedade e a unidade da Classe Trabalhadora na perspectiva de enfrentarmos e avançarmos diante dessa conjuntura tão dura de golpes contra os direitos da Classe Trabalhadora e destruição dos bens da Natureza.