Os frutos da Reforma Agrária no coração de São Paulo: dois anos de Armazém do Campo
Da Página do MST
O Armazém do Campo – Produtos da Terra faz dois anos esta semana e celebra o sucesso de ter se consolidado como polo de venda de alimentos saudáveis bem no meio de São Paulo. Dados da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário dão conta da crescente do mercado de consumo de produtos orgânicos. Só o Armazém nesses dois anos movimentou mais de R$ 1.8 milhão em produtos vindos de cooperativas de todo país.
Nesta sexta-feira (03), a celebração conta com roda de conversa sobre o uso de agrotóxicos, às 17h30 e, na sequência, um ato político de lançamento da Marcha Nacional Lula Livre, encerrando com música ao vivo. No sábado (04), terá oficina de plantio, sementes e mudas, regado com o café camponês, a partir das 9 horas. Encerrando a programação terá almoço com arroz de carreteiro e risoto vegetariano feitos com os produtos do Armazém, além de música ao vivo.
Ao produzir alimentos saudáveis em assentamentos e acampamentos, os trabalhadores rurais esbarram na dificuldade de escoamento para sua produção, sejam mercados institucionais, venda em feiras ou nos grandes centros urbanos. O Armazém do Campo existe para ajudar a reverter essa realidade: já foram vendidos nesse período mais de 29 toneladas de arroz orgânico, quase 3 toneladas de banana organica, mais de uma tonelada e meia de maçã orgânica e mais de 2 mil litros de suco orgânico.
“Pra chegar no Armazém a gente tem que lembrar que vimos de um caminho que é muito longo, que é o caminho da luta pela terra e pela Reforma Agrária no Brasil. Uma luta árdua, que tem dado seus frutos”, explica Ademar Ludwig, da coordenação da loja. A ampliação do acesso ao alimento saudável é também uma forma de diálogo com a população urbana, que também precisa se engajar no reconhecimento da Reforma Agrária como uma saída para problemas do campo e da cidade.
Já foram vendidos mais de 2200 livros com conteúdos que vão de formação político-filosóficas à agroecologia. Também ampliando essa relação entre campo e cidade, mais de 150 eventos culturais, como o semanal Música no Armazém, já aconteceram na loja. “Ainda mantemos um cotidiano de participação em eventos externos que incentivam a produção orgânica”, alega Ademar, expandindo o diálogo e conquistando populações que ainda não conheceram o local.
Participe da programação! Saiba mais clicando aqui.
*Editado por Rafael Soriano