Acampamento Elizabeth Teixeira sob risco de despejo
No último dia 7 de setembro, os Sem Terra expandiram o acampamento nas áreas agricultáveis do horto como forma de pressionar o Incra para a regularização do assentamento
Da Página do MST
Há 11 anos mais de 100 famílias Sem Terra resistem na luta pela conquista da área do Horto Tatu, em Limeira, interior de São Paulo. A área pertence à União e vem sendo usada irregularmente pela Prefeitura de Limeira e por diversas empresas privadas.
Em 2007, uma ação violenta de reintegração de posse comandada pela Polícia Militar resultou em diversas pessoas gravemente feridas no acampamento. Após a suspensão da reintegração de posse, a área foi reocupada e os trabalhadores seguem resistindo e aguardando a regularização do assentamento Elizabeth Teixeira. Apesar da disputa judicial, hoje a área encontra-se registrada em cartório em nome da União.
No último dia 7 de setembro, os Sem Terra expandiram o acampamento nas áreas agricultáveis do horto como forma de pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a regularização do assentamento.
Após seguidas derrotas na Justiça Federal, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ingressou com ação civil pública pedindo a reintegração de posse, com o falso argumento de defesa do meio ambiente. Embora seja clara a incompetência do juiz estadual, por tratar-se de área pública federal, este concedeu liminar de reintegração de posse e a polícia está mobilizada para cumprir nesta sexta-feira, 28 de setembro.
Além, da expansão do acampamento Elizabeth Teixeira, no último dia 07/09, mais de 900 famílias de trabalhadores sem teto ocuparam uma pequena parte da área reivindicando moradia digna. Assim eleva-se o risco de um grande conflito, com perdas irreparáveis para os trabalhadores e trabalhadoras.