MS recebe a 2ª edição da Feira Estadual da Reforma Agrária
Por Thaina Regina
Da Página do MST
Entre os dias 6 e 9 de dezembro, acontece na Praça central, Ary Coelho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular. A atividade, organizada pelo MST, busca trazer para a capital toda a diversidade da produção de assentamentos e acampamentos do estado. A Feira tem o intuito de dialogar com a população do estado sobre a produção de alimentação saudável em transição agroecológica e a Cultura Camponesa.
Como na edição anterior, a feira contará com barracas contendo produtos da Reforma Agrária Popular, variedade de artesanatos e muita comida boa na Culinária da Terra. A organização estima cerca de 220 participantes entre feirantes e militantes do MST e aproximadamente cinco toneladas de alimentos.
Para Márcia Barille, da direção estadual do setor de produção do MST, a Feira Estadual pretende trazer toda variedade dos assentamentos e acampamentos para Campo Grande. “Nós queremos trazer para Campo Grande a 2ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular! Queremos que Campo Grande conheça toda nossa diversidade, como nosso arroz tropeiro e arroz com pequi, porco no tacho, os mais variados caldos, nossas cachaças e
muito mais”.
Este encontro entre as mãos que produzem e as pessoas que se alimentam, promete ser regado de música de boa qualidade, apresentações teatrais e assembleias populares. Durante os dias, temos debates como alimentação saudável, as mulheres em cooperação e produção nas áreas de Reforma Agrária Popular estão na programação da feira e para animar os fins de tarde e as noites Tostão & Guarany, Sampri, Campesinos e Lucas & Lauan já confirmaram presença.
A Reforma Agrária Popular tem uma proposta de sociabilidade para o campo, um modelo baseado em outros princípios produtivos agroecológicos e culturais para a agricultura. “Um dos elementos centrais do nosso projeto de Reforma Agrária Popular é a dimensão cultural. Nesse campo a Reforma Agrária Popular pressupõe uma transformação radical nos padrões culturais tanto nas bases acampados e assentadas quanto do conjunto da
sociedade, uma revolução Cultural que é um dos fundamentos da forma atual de enfrentamento ao capital. A Cultura assumiu uma dimensão estratégica na atual luta pela reforma agrária e pela superação do sistema capitalista, […]” (Cultura e Reforma Agrária Popular, 2018, p. 7)
“Nosso objetivo principal não é apenas comercialização dos produtos, mas também a divulgação da cultura sem terra!”, diz Márcia.