Escola do MST é premiada em Festival Estadual de Curtas no RS
Por Maiara Rauber
Da Página do MST
Com a aproximação de seus 20 anos, a Escola Estadual de Ensino Médio Joceli Corrêa, localizada no Assentamento Rondinha, em Jóia, na região Noroeste do Rio Grande do Sul, desenvolveu um vídeo comemorativo para participar do 2º Festival Estadual Curtas na Escola. O evento, que ocorreu no mês de outubro, abrange a 36ª Coordenadoria Regional da Educação de Ijuí. Contou com a participação de 41 escolas e uma universidade, em um total de 110 trabalhos apresentados.
Já na primeira participação, o curta documental produzido pelos educandos e educadores Sem Terra ficou entre as 18 escolas que obtiveram destaques e também foi premiado como Melhor Roteiro. A iniciativa das professoras Camila Martins e Leila Marques veio de encontro com a vontade de mostrar a história de lutas, conquistas e resistência dos assentados do MST daquele local.
A Escola Joceli Corrêa foi a única instituição de ensino do campo a participar do festival. Nele, disputaram com quatro curtas em duas modalidades, os quais foram produzidos em aproximadamente cinco meses.
Na categoria infanto-juvenil, o documentário “20 anos – Semeando Letras no Campo” foi o único inscrito da escola, com a participação de aproximadamente 15 estudantes dos anos finais do ensino fundamental e integrantes da Rádio Escola. Já na categoria juvenil de ficção, participaram três curtas, incluindo 23 educandos na elaboração do material produzido. As produções foram inspiradas em obras da jornalista e escritora Clarice Lispector: A Hora da Estrela; Pedro e Lara; e A Cartomante.
A professora Camila contou para a Página do MST sobre a experiência de terem participado do 2º Festival Estadual de Curtas na Escola. “Foi muito especial, principalmente porque representamos os filhos de trabalhadores do campo, da Escola do Campo e de assentamento”, disse.
Ela ainda relatou o orgulho que os educandos sentiram de suas produções no dia do festival, pois conquistaram aquele espaço diante de dificuldades impostas ao ensino público, particularmente para as crianças das escolas do campo. “Foi sem dúvida um momento em que pudemos mostrar para toda a região e o estado que nossa história é fruto de luta e reafirmar a nossa identidade Sem Terra”, completou.