Em Santa Catarina comunidade escolar resiste a nova tentativa de fechamento da escola
Por Coletivo de Comunicação MST de Santa Catarina
Da Página do MST
Em julho de 2018, a prefeitura de Dionísio Cerqueira, município de Santa Catarina, comunicou que fecharia a Escola Construindo Caminho, localizada no assentamento coletivo Conquista na Fronteira.
A comunidade escolar se mobilizou e obteve liminar judicial para que a escola continuasse funcionando até dezembro de 2018. Contudo, a luta segue, pois ainda não há decisão definitiva acerca do processo e a prefeitura ratificou a intenção de fechar a escola em 2019.
Diante disso, na última quinta-feira (13), educandos, pais, assentados, professores e integrantes da Articulação Catarinense por Educação do Campo (ACECAMPO) se uniram nas dependências da escola para uma assembleia que debateu debateu, dentre outras coisas, a necessidade de manutenção da escola, a melhoria das condições do transporte escolar.
Cientes do direito de viver e estudar no campo, todos reforçaram a importância da escola para as crianças e para a vida das comunidades locais. Também foi ressaltada a qualidade da escola em questão, visto que os estudantes estudam também a partir da compreensão e vivência da realidade onde moram, ou seja, a realidade do campo.
Cezar Gonçalves, integrante da Cooperunião, cooperativa que gestiona o assentamento Conquista na Fronteira, afirmou que a participação dos apoiadores e comunidades vizinhas na assembleia foi expressiva, e que além de debater sobre a manutenção da escola, tratou-se “da questão do transporte escolar, da condição das estradas, que muitas vezes o transporte não chega prejudicando os estudantes. Queremos que a escola continue aberta, que esses alunos tenham transporte de qualidade […], e vamos estar exigindo ainda da prefeitura que esclareça a questão do orçamento”, pois afirma que não há recursos para escola, mas não demonstra por que.
Cezar relembrou ainda que essa já é a quarta administração municipal que tenta fechar a escola e que não se trata de uma questão financeira, mas sim de uma questão política, que tem relação com as áreas de assentamentos e o fechamento massivo das escolas do campo que vem sendo implementados nos últimos anos.