MST manifesta apoio ao povo venezuelano

Em nota, o MST se solidariza com o heróico povo venezuelano e com o presidente Nicolás Maduro, alvo de um brutal ataque
crise-na-venezuela.jpeg

 

Da Página do MST

A Coordenação Nacional do MST divulga nota de apoio e solidariedade ao povo da Venezuela e ao seu presidente Nicolás Maduro, devido aos ataques que o país vem enfrentando contra sua democracia e soberania.

 

Conforme a nota, a busca para desestabilizar o país faz parte de um articulação global, comandada pelos Estados Unidos com o propósito de retomar o controle das reservas de petróleo da Venezuela.

 

“Condenamos toda e qualquer ingerência externa na Venezuela e conclamamos a todas as forças democráticas e anti-imperialistas para apoiar a autodeterminação e os esforços do povo e do governo venezuelano em encontrar seus próprios caminhos para debelar a crise econômica e promover a paz com justiça social”, afirma trecho da nota.

 

Veja nota na íntegra:

Moção de apoio ao povo venezuelano e ao Presidente Nicolás Maduro

 

A Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reunida em Guararema, no estado de São Paulo, entre os dias 22 e 26 de janeiro de 2019, vem a público manifestar apoio e solidariedade ao heróico povo venezuelano e ao seu presidente Nicolás Maduro que mais uma vez são alvos de um brutal ataque contra sua democracia e soberania.

 

Todos sabemos que os interesses em desestabilizar o governo do Presidente Nicolás Maduro, legítimo representante do povo venezuelano e ratificado mais de uma vez pela vontade soberana da maioria da população, são articulados de forma global a partir dos Estados Unidos da América que querem retomar o controle das gigantescas reservas de petróleo existente em solo venezuelano. 

 

A renda petroleira na Venezuela, desde o governo do presidente Hugo Chávez, em 1999 tem sido usufruída pelo povo, a partir de um forte investimento nas áreas sociais e na infraestrutura que mudou a realidade desse país. No entanto, os impactos da diminuição dos preços do petróleo e os efeitos da crise sistêmica do capitalismo afetou diretamente os países exportadores de matérias-primas, entre eles mais fortemente a Venezuela.

 

O que se vive na Venezuela hoje é uma guerra deliberada e permanente contra o governo e, sobretudo, contra o povo. Nessa guerra, unem-se ao Estados Unidos da América, a União Europeia, e os países do chamado “Grupo de Lima”, entre eles o Brasil, que se prestam a vergonhosa posição de vassalos dos interesses estadunidense.

 

Além do criminoso bloqueio econômico aplicado contra a Venezuela, há o apoio de grandes corporações internacionais, da mídia empresarial e de uma elite local disposta aos maiores absurdos contra seu próprio povo, como o fomento a blecautes e restrições ao comércio de alimentos, deixando o país com uma grande escassez de produtos nos supermercados e de medicamentos nas farmácias e hospitais.

 

Denunciamos a posição vergonhosa do Brasil, que ao invés de atuar como moderador para a solução desse conflito, toma o lado do agressor, espoliador e invasor que é o EUA.

 

Condenamos toda e qualquer ingerência externa na Venezuela e conclamamos a todas as forças democráticas e anti-imperialistas para apoiar a autodeterminação e os esforços do povo e do governo venezuelano em encontrar seus próprios caminhos para debelar a crise econômica e promover a paz com justiça social.

 

Viva a Venezuela!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
25 de janeiro de 2019.