Saber tradicional em risco: conheça a história de Dona Ana, atingida pela barragem de Brumadinho
Moradora do acampamento Pátria Livre, ela é uma das muitas pessoas que não poderá mais usar mais água do Rio Paraopeba

Por Agatha Azevedo
Da Página do MST
Em seu quintal, uma infinidade de plantas – que servem para a prevenção e cura de doenças. “Eu não sou sem teto, sou Sem Terra, quero terra para plantar, diz em meio aos pés de Assa-Peixe, Saião e Cordão de Frade.
Dona Ana, conheceu conheceu várias pessoas que morreram na tragédia de Brumadinho. E, além da dor da perder amigos, conhecidos e familiares, ela e outros acampados da região sentem a dor de perder o rio.
“A gente pode até perder a plantação por causa da água, acabou a pesca, a vida. O rio está morto, mas, enquanto estivermos aqui, de pé, vai existir luta”, pensa Dona Ana em voz alta em meios aos galhos, brotos e folhas de sua plantação.