MST repudia o desmonte da Escola Pública de Saúde

O Movimento repudia o projeto de Lei 368/2019 que, acaba com a autonomia da instituição, retirando o direito de gerenciar seus programas, ações, metas e indicadores

 

Da Página do MST 

 
 
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas Gerais vem manifestar publicamente apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG).
 
O Movimento repudia o projeto de Lei 368/2019 que, acaba com a autonomia da instituição, retirando o direito de gerenciar seus programas, ações, metas e indicadores, transformando-a em uma repartição da Secretaria Estadual de Saúde,

A PL 368/2019 expressa o caráter autoritário do governo Zema, um governo ultra-neoliberal e entreguista. Essa é apenas a ponta do desmonte que o governo recém-eleito tem promovido no estado. A parceria Zema e PSDB demonstra que o &”39;novo&”39; não passa da velha política de choque promovida por Aécio Neves e seus cúmplices. O novo é o velho, piorado e mais violento, com uma roupagem laranja que iludiu os eleitores mineiros no final de 2018.

A ESP–MG desde a sua criação, há 70 anos, tem se comprometido com a melhoria constante da qualidade de vida da população mineira, qualificando as trabalhadoras e trabalhadores da saúde pública através das especializações, formação de profissionais e integração do ensino e trabalho na saúde. 

Desde 2011 o setor de saúde do MST realiza uma parceria com a escola, que sistematizou e aprofundou a formação e potencializou os trabalhados das cuidadoras Sem Terra em saúde popular. Desde então, foram realizadas inúmeras oficinas e cursos envolvendo saúde mental e agroecologia. 

O MST também luta para formar e construir saúde popular e acreditamos que isso só é possível fortalecendo a luta das trabalhadora e trabalhadores da ESP. É por isso que lutamos e seguimos combatendo as políticas continuístas do golpe de 2016.

Saúde é lutar contra tudo o que nos oprime e mata!

Minas Gerais, Fevereiro de 2019.

 
 
* Veja aqui a publicação lançada no final de 2018 sobre os conhecimentos tradicionais em saúde das mulheres Sem Terra.