Apolônio de Carvalho, internacionalista!
Da Pagina do MST
Dia 9 de fevereiro é o nascimento de Apolônio de Carvalho, um dos maiores nomes da luta internacionalista. Se vivo estivesse, ele completaria em 2019 seus 107 anos.
Foram 93 anos bem vividos no Brasil e em muitos outros países, sempre conspirando a favor da liberdade dos povos.
O camarada Apolônio dedicou sua vida às causas da classe trabalhadora, contribuindo para com a transformação social.
Por suas idéias revolucionárias foi expulso do exército brasileiro, seguindo fora do país em várias frentes de lutas como na Guerra Civil Espanhola e na resistência francesa contra o nazismo na segunda guerra mundial.
No seu retorno ao Brasil, já no período da ditadura militar foi um grande combatente contra a repressão, foi perseguido, viveu clandestinamente, foi preso pelo regime e exilado posteriormente na Argélia.
No final da década de 1970, com a Promulgação da Lei da Anistia, ele volta so Brasil, torna-se um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
Em meados do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu ciclo de vida se completa. Apolônio morre em 23 de setembro de 2005. Na ocasião, Lula declara: “Apolônio é um dos maiores exemplos de bravura, coragem e coerência que já conheci. Um personagem absolutamente ímpar em nossa história. Lutou com o mesmo empenho, da resistência francesa ao nazismo e nas fileiras da redemocratização no Brasil”.
A ausência física de Apolônio faz falta no atual contexto político brasileiro, mas acreditamos que a sua força está presente em cada mulher e em cada homem, em cada organização popular que constrói a resistência ativa contra um governo autoritário. Como ele mesmo disse no filme Utopia e Barbárie: “Se perdemos hoje, não quer dizer que não podemos vencer amanhã”.
Para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Apolônio é um lutador do povo, aguerrido, soube ouvir críticas e proferir palavras de esperança.
A vida de Apolônio nos serve de inspiração para os processos de formação política ideológica, para a prática da mística revolucionária e internacionalista. Vivenciar a mística revolucionária do internacionalismo é praticar a solidariedade para com todos os povos em luta.
O seu legado deverá sempre ser lembrado pelos jovens. É importante resgatar o papel histórico que a juventude desempenhou em muitos processos revolucionários, como forma de estimulá-la para a luta, para a organização do povo, buscando subverter a ordem burguesa estabelecida.
Diante da celebração de seu aniversário nos comprometemos a seguir lutando e construindo uma nova sociedade, onde haja igualdade, respeito, dignidade e liberdade!
Nossa homenagem é permanente em cada latifúndio conquistado, em cada escola construída, em cada adulto alfabetizado, em cada festa da colheita realizada. Da semente plantada na terra brotará mais gente, mais gente, mais gente.