Maranhenses saem às ruas em defesa da Reforma Agrária Popular
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
No Maranhão, o 17 de abril também foi marcado por diversas atividades organizadas pelo Movimento Sem Terra. Com ações em várias cidades, o Movimento foi às ruas pela reforma agrária, pela alimentação saudável, contra a monocultura da soja e do eucalipto e lembrou os mártires de Eldorado dos Carajás.
No município de Açailândia, sudeste do estado, o protesto foi contra o envenenamento da agricultura na atividades rurais. Os trabalhadores ocuparam uma fazenda que produz soja e denunciaram as pulverizações aéreas do veneno usado na lavoura.
Ao menos 6 comunidades rurais da região têm sido atingidas diretamente pela ação predatória do agronegócio. Há informações de que cultivo em outros assentamentos também tenham sido atingidas pelo veneno, além de suas respectivas criações como de aves e bovinos. A partir de estudos mais detalhados, as comunidades estão realizando debates sobre os impactos da exposição a essas contaminações.
A manifestação também pediam o pagamento, por parte do Governo Federal, da Fazenda Padre Cicero para concretizar o assentamento das 46 famílias que estão há 12 ano acampadas.
Em Itinga do Maranhão, trabalhadores do acampamento Marielle Franco protestaram em frente ao Fórum de Justiça da cidade contra as ameaças de despejo que a comunidade vem sofrendo. As famílias ocupam desde junho 2018 uma área reconhecida pelo Incra como posse da União Federal. O acampamento está em pleno período produtivo e espera a colheita de cerca de 6 toneladas de arroz, entre outros alimentos.
Em Nina Rodrigues, Igarapé do Meio, Imperatriz e na capital São Luís foram realizadas feiras com alimentos saudáveis vindo das comunidades do MST e debates com as populações urbanas sobre a importância da reforma agrária popular.
Editado por Fernanda Alcântara