Em Alagoas, Juventude Sem Terra inicia formação em Questão Agrária

Cerca de 40 jovens de todo o estado participam da formação de educadores no tema da Questão Agrária alagoana
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Curso de Formação de formadores e formadoras “Juventude e Questão Agrária Alagoana”

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

 

Em Alagoas, este final de semana foi marcado pelo início do Curso de Formação de formadores e formadoras “Juventude e Questão Agrária Alagoana”, formação voltada aos jovens dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária organizados nos Coletivos de Juventude do MST no estado.

O curso, compreendido em cinco etapas, teve a sua primeira nos dias 24, 25 e 26 de abril, com o tema do funcionamento da sociedade. Nos próximos quatro meses, o Curso continuará debatendo uma série de temas que dialogam com o estudo do campo em Alagoas.
 

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Curso pretende potencializar a
compreensão e a atuação dos jovens

Em parceria com a Universidade Federal de Alagoas através da Pró-Reitoria de Extensão, o curso acontece em regime de alternância, possibilitando a atuação dos jovens em seus territórios a partir do conteúdo debatido e aprofundado nos momentos de formação.

“Debater a Questão Agrária em Alagoas a partir da perspectiva da juventude camponesa é um grandioso desafio para todos nós”, destacou Aline Oliveira, militante do MST e da coordenação do curso. “Poder debater coletivamente sobre o tema e construir um entendimento a partir do olhar dos jovens que vivem nos assentamentos e acampamentos é um dos nossos objetivos com o curso”.
 

Para potencializar a compreensão e a atuação dos jovens a partir de cada eixo de debate, o curso trabalhará ainda com uma série de linguagens da arte e da comunicação, como possibilidades práticas de abordar o tema e multiplicar o debate nos territórios. O primeiro módulo, por exemplo, além do debate teórico sobre a formação da sociedade, os jovens passaram por uma oficina de Teatro do Oprimido, ministrada pelo Laboratório Alagoano de Teatro do Oprimido (LATO), através do multiplicador Udson Pinheiro.
 

“A ideia é que a gente possa, através dessas linguagens, fortalecer um processo de trabalho de base entre a nossa juventude, de maneira criativa, ousada e com conteúdo político que possibilite o fortalecimento dos nossos Coletivos de Juventude”, reforçou Aline.

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Debates envolvem temas que dialogam
com o estudo do campo em Alagoas

Para Alex Alves, jovem do assentamento Gastone Beltrão, no sertão de Alagoas e um dos educandos do curso, o momento de formação é uma experiência bastante rica para partilhar conhecimento e poder em seguida disseminar com os demais jovens nas áreas.
 

“Nessa primeira etapa foi importante para nós entendermos a sociedade que a gente vive e já aprender formas de como compartilhar esse conhecimento com mais gente que não está no curso”, explicou Alex. “A gente quer realmente aprender e poder formar outros jovens dos nossos assentamentos”, concluiu.

 

Editado por Fernanda Alcântara