Licenciatura de Educação do Campo tem início em Santa Catarina

Turma da UFSC promove formação de 4 anos no assentamento Vitória da Conquista, em Fraiburgo
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Abertura realizada na Escola 25 de Maio, no assentamento Vitória da Conquista

Por Coletivo de Comunicação do MST em Santa Catarina
Da Página do MST

 

Reforçando o direito de viver e estudar no campo, nesta segunda-feira teve início uma turma de graduação em Licenciatura em Educação do Campo – Ciências da Natureza e Matemática.
 

Estudantes da região de Fraiburgo, em Santa Catarina, começaram esta semana a graduação oferecida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No ato de abertura, realizado na Escola 25 de Maio, estiveram presentes representantes da comunidade escolar, integrantes do Movimento Sem Terra e coordenadores do curso.
 

Este ano, a Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc) da UFSC completa 10 anos. A cada ano a UFSC oferece o curso em um território diferente de Santa Catarina e, em 2019, será parcialmente no assentamento Vitória da Conquista. Graziela Del Mônaco, chefe de departamento do curso, ressaltou a importância desta ser a primeira vez que o curso será oferecido de dentro do Movimentos Sociais.
 

“Sempre aprendemos muito num território, e essa é primeira vez que a Ledoc da UFSC será oferecida em uma escola que está localizada dentro de um assentamento”, afirmou Del Mônaco, que ainda lembrou que o curso será oferecido em modalidade de alternância. Parte do tempo universidade será oferecido na UFSC, em Florianópolis, e parte na Escola 25 Maio, fruto de parceria com o governo do Estado.
 

Mario Klein Schimdt, assentado da reforma agrária e integrante do Conselho Escolar, enfatizou a alegria ao ver se concretizar o sonho da universidade chegar ao campo. “Neste ano a Escola 25 de Maio completa 30 anos, a comunidade sempre trabalhou muito e se envolveu para que ela pudesse oferecer um ensino de qualidade, pra que os jovens pudessem ter um curso técnico em agroecologia”, lembrou.
 

Schimdt ressaltou ainda a importância da luta por educação que o MST tem realizado desde sua formação. “Participar do momento em que a universidade chega no assentamento hoje me faz pensar sobre a importância que teve a luta até então e o quanto é fundamental que os que estão começando agora lutem para que nossos filhos e filhas também tenham direito de estudar no campo”.

Editado por Fernanda Alcântara