Atos são realizados contra ameaça de despejo em Dalcídio Jurandir

Mais de 200 famílias do acampamento Dalcídio Jurandir estão sob ameaça de despejo em Eldorado dos Carajás, no Pará
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São 212 famílias ameaçadas de despejo no acampamento. Foto: Viviane Brígida

Por Viviane Brígida
Da Página do MST

 

Em Eldorado dos Carajás, município onde ocorreu o massacre de 19 trabalhadores rurais há 23 anos, uma liminar judicial ameaça de despejo cerca de 210 famílias Sem Terra, que vivem há mais de 10 anos no acampamento Dalcídio Jurandir.

Nesta segunda-feira (10) as famílias irão fazer um ato na no Município de Eldorado em Marcha irão até a Câmara Municipal para realização de uma audiência pública de denúncia e afirmação que irão resistir até seja dada uma solução para todas as famílias que residem na área. 

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Nos atos, será apresentado um diagnóstico feito em parceria com a Unifesspa (Universidade do Sul e Sudeste do Pará) com as famílias sobre a produção na área e sua importância para região. 

O acampamento Dalcidio Jurandir é referência na produção de leite, farinha, pequenas criações de animais dentre outros produtos saudáveis de consumo da sociedade.

Esta é mais uma ameaça às famílias ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região marcada com várias histórias de violência contra os movimentos de luta pela terra.

A ocupação das famílias Sem Terra ocorreu no dia 25 de julho de 2008, na antiga fazenda Maria Bonita. A agropecuária Santa Bárbara, que reivindica a área, é ligada a Daniel Dantas, banqueiro e latifundiário, condenado a mais de 10 anos de prisão e acusado de lavagem de dinheiro evasão de divisas e formação de quadrilha. 

Nesta semana lançaram o “Manifesto das Famílias ameaçadas de despejo”. O documento destaca a produção das famílias no acampamento e sua importância para o município de Eldorado e centros comerciais da região. Além de questões estruturais e a presença de uma escola que atende as crianças do acampamento e comunidades próximas. 
 

Na terça-feira (11) haverá uma audiência para tratar do despejo com o juiz da Vara Agrária de Marabá com a presença de membros do Conselho Nacional de Direitos Humanos do congresso Nacional e da Assembleia legislativa do Pará.

*Editado por Fernanda Alcântara