MST realiza Escola Popular de Teatro e Vídeo de São Paulo

Em parceria com grupos e coletivos teatrais, curso trabalha teoria política, dramaturgia, interpretação e ensaio e audiovisual
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 1ª Turma da Escola Popular de Teatro e Vídeo do estado de São Paulo. Fotos: Filipe Augusto Peres

Por Coletivo de Comunicação MST/SP
Da Página do MST

De 17 a 31 de julho, 20 educandos das 10 regionais MST no estado de São Paulo participam, no acampamento Irmã Alberta, município de Cajamar, da 1ª Turma da Escola Popular de Teatro e Vídeo do estado de São Paulo. Neste espaço, a “Companhia Antropofágica de Teatro” está construindo a sua sede. O curso se divide em quatro eixos: teoria política, dramaturgia, interpretação e ensaio e audiovisual.

 

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De acordo com Manuela Aquino, da direção estadual do MST, o curso vem de uma proposta do MST de enraizamento da cultura popular dentro de seus territórios. Além disso, de acordo com a dirigente, o curso tem uma “especificidade muito interessante, pois está sendo realizado em parceria com vários grupos de teatro e coletivos de cinema aqui do estado de São Paulo, os quais participam desde a construção e elaboração da proposta até a execução das aulas e do dia a dia do curso”.
 

Para a educanda Yasmim, do acampamento Marielle Vive!, o surgimento da Escola Popular de Teatro e Vídeo é importante para multiplicar o aprendizado nos acampamentos e assentamentos do MST.
 

“Para mim estão sendo muito positivos esses primeiros quinze dias, é a primeira vez que acontece uma formação teatral no Estado. Nós estamos aprendendo muita coisa, vendo coisas que nós, que viemos de bairros periféricos, nunca tivemos acesso. A nossa cultura popular é muito rica. Não só a parte teórica como a prática nos traz muitas riquezas. E são essas riquezas que iremos compartilhar em nossos acampamentos e assentamentos”, afirmou.
 

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Sobre o curso em andamento, o diretor de teatro da Companhia Antropofágica, Tiago Vasconcelos, afirmou que a concepção da primeira turma popular de teatro e vídeo surgiu junto com o Movimento Sem Terra e junto com os grupos de teatro faz mais de um ano. De acordo com ele, a concepção foi pensada coletivamente de modo a favorecer um programa político, poético e estético que dialogue com as demais escolas de teatro e vídeo do MST espalhadas pelo país.
 

Tiago ainda afirmou que o tipo de teatro que está em construção dentro do território do Acampamento Irmã Alberta provém de uma herança histórica de tradições e de lutas da classe trabalhadora.

*Editado por Fernanda Alcântara