Acampamento Pátria Livre reconstrói escola do campo em Minas Gerais

Com 153 educandos, a Escola Elizabeth Teixeira substitui a estrutura de madeirite por alvenaria
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Escola Elizabeth Teixeira, localizada no acampamento Pátria Livre em São Joaquim de Bicas (MG). Fotos: Mari Rocha

Por Mari Rocha
Da página do MST

Uma pareceria entre o Governo de Minas Gerais, a Fundação Helena Antipoff e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra deu origem à Escola Elizabeth Teixeira, localizada no acampamento Pátria Livre em São Joaquim de Bicas (MG).  A escola foi inaugurada em março de 2018 e contava com turmas do ensino fundamental ao ensino médio, EJA e uma turma de alfabetização através do método cubano “Sim, eu posso!”.

Os primeiros galpões da escola foram construídos pelas mãos dos moradores do acampamento e sua estrutura era de madeirite. Em 2019, a Escola perdeu o direito a ter o ensino médio funcionando, mas isso não impediu as aulas de prosseguirem.  A escola funciona como uma escola estadual, contudo, segue o modelo de educação popular pensado para a educação do campo, com a participação de todos, sejam educadores, alunos ou moradores da comunidade.

 

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Em junho de 2019, com ajuda de alguns parceiros e mais uma vez construída pelas mãos dos trabalhadores acampados, iniciamos a reforma da escola, e dessa vez de alvenaria. “A escola é um símbolos de resistências de um acampamento, de um assentamento, do MST e com isso ela se torna mais forte, ela vai ficando mais enraizada”, explica Wesley Menezes, educador.

Em 2019, a Escola realizou pela segunda vez a Festa Julina, que que é um exemplo de colaboração entre o acampamento e a escola, e que auxiliou no processo de financiamento para a reforma.
 

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“A gente sente como as pessoas estão felizes com essa reforma da escola, até mesmo por saber que as crianças, seus filhos, estão estudando num espaço mais confortável. Sentimos que os nossos educandos estão mais entusiasmados com os espaços, escutamos dos alunos que eles estão emocionados com a escola por ela está ficando bonita. Então acreditamos que essa é uma forma de valorização deles quanto alunos da escola e sujeitos que participaram do processo”, diz Marcos Fernandes, do setor de educação do MST e vice-diretor da Escola.
 

Junto com a reforma das salas, foi construído também uma sala de cultura e em breve serão feitos novos espaços para uma biblioteca e um laboratório de informática, que também funcionará como sala de comunicação. Os novos galpões da escola já estão prontos e os educandos estão tendo aulas em um ambiente mais seguro e confortável. 
 

*Editado por Fernanda Alcântara