Agroecologia sim: PDS Osvaldo de Oliveira recebe moção de apoio

Em sessão ordinária, PDS Osvaldo de Oliveira receberam uma moção de apoio do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Macaé
PDS Osvaldo Oliveira [4].jpg
 Criado em 2014, PDS Osvaldo de Oliveira é o primeiro com projeto de desenvolvimento sustentável no estado. Fotos: Comunicação do MST/RJ

De Comunicação do MST/RJ
Da Página do MST

 

No dia 2 de setembro, em sessão ordinária, as famílias assentadas do PDS (Plano de Desenvolvimento Sustentável) Osvaldo Oliveira receberam uma moção de apoio do  Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Macaé. O conselho apoiou a permanência no território pelo compromisso com a recuperação de áreas degradadas, a partir de um desenvolvimento sustentável.

O PDS está localizado na região serrana de Macaé, sendo a primeira experiência desse modelo no estado do Rio de Janeiro, onde a matriz agroecológica garante a produção de alimentos livres de transgênicos e venenos, ao mesmo tempo que defende e preserva a biodiversidade.
 

LEIA MAIS: Mais de 60 famílias assentadas estão sob ameaça de despejo em Macaé (RJ)
 

Este ano, a Câmara de Vereadores de Macaé aprovou a criação de uma “Unidade Pedagógica em Agroecologia” no acampamento Edson Nogueira, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Desde a ocupação do terreno, em abril de 2018, o objetivo do coletivo é construir uma escola agroecológica. Atualmente cerca de 300 famílias moram e produzem alimentos saudáveis de forma coletiva e sem adição de agrotóxicos no local.
 

PDS Osvaldo Oliveira [5].jpg

A preocupação das famílias Sem Terra é produzir alimentos de qualidade para seu próprio sustento e para aqueles que não plantam e dependem da produção de quem está no campo. Como coletivo, acreditam que vale a pena dar sentido ao projeto de reforma agrária popular.

As aulas práticas e teóricas oferecidas no PDS são abertas ao público e abordam diversos temas da vida camponesa como gestão do trabalho cooperado e conservação ambiental dos bens naturais.
 

“A sensibilização do conselho não parte apenas da questão de política pública e de regularização fundiária, mas porque essas famílias vêm de fato cumprindo a função de recuperação da área degradada.” defendeu a conselheira Andreza Franco, professora titular pela Universidade Federal Fluminense.

*Editado por Fernanda Alcântara