Comunidade do MST em Ponta Grossa comemora 17 anos de produção e luta no PR
Por Nyky Rodrigues
Da Página do MST
O acampamento Emiliano Zapata, em Ponta Grossa no Paraná, comemorou seu 17° aniversário neste domingo (6). A festa da comunidade recebeu centenas de pessoas de toda a região com 400 kg de carne assada, 12 kg de bolo e um delicioso almoço produzido com ingredientes orgânicos cultivados pelas famílias, além de muita música.
A comemoração teve início pela manhã com uma missa celebrada pelo diácono Valdinei Antonio Miranda, da paróquia Senhor Bom Jesus, de Ponta Grossa. A paróquia vem acompanhando toda a trajetória do acampamento desde o início da comunidade. “O Emiliano Zapata é uma grande prova de luta e resistência. Assim como diz no evangelho, esse povo tem muita fé, estão aqui há 17 anos lutando e mostrando um trabalho muito bonito, se desenvolveram muito bem”, disse o diácono.
Antônio Laiola é agricultor e morador desde o início da ocupação, e conta um pouco da história do acampamento e suas conquistas: “Hoje estamos em torno de 70 famílias acampadas e a luta é para que regularizem oficialmente os documentos para nos tornarmos assentamento”.
Produção de alimentos
O acampamento se fortaleceu criando a Cooperativa Camponesa de Produção Agroecológica da Economia Solidária (COOPERAS), em 2011. Foram muitas lutas no início, mas hoje já estão firmes em seus processos. As famílias conseguem produzir para entregar alimentos sem veneno para escolas da região, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Também cultivam uma horta coletiva para comercializar na Feira Verde da cidade e outros pontos de venda. Além disso, conseguem garantir a produção para o próprio consumo.
O agricultor Antônio ressalta a participação impressionante da juventude em prol do crescimento do pré-assentamento. Os jovens preferem ficar no campo, produzir e conquistar a sociedade urbana com esse trabalho feito com vontade e dedicação. “O trabalho que fazemos aqui dentro está muito bom, organizados com espaço de produção por família, criação de animais para venda interna e consumo. Não tenho do que reclamar, só agradecer pela coletividade”.
*Editado por Fernanda Alcântara