Opositores de Maduro invadem embaixada da Venezuela em Brasília

Milicianos apoiadores do autoproclamado presidente, Juan Guaidó, pularam o muro do local na manhã de hoje (13)

Do Brasil de Fato 

A embaixada da Venezuela em Brasília foi invadida na madrugada desta quarta-feira (13). De acordo com relatos, um grupo de  apoiadores de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela,​ pulou o muro e entrou no prédio onde funciona a representação diplomática.
 

A Polícia Militar foi chamada. Houve troca de agressão entre os manifestantes. A PM usou spray de pimenta.
 

Um grupo de deputados foi até a embaixada prestar apoio à equipe diplomática do presidente venezuelano Nicolás Maduro. O deputado federal Paulo Pimenta (PT) está dentro da Embaixada da Venezuela, em Brasília.
 

Segundo o parlamentar, “a embaixada foi sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos, houve confronto violento. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que parte deles é de lutadores de academia contratados. É uma clara violação do direito internacional. Há indícios de participação do governo brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”
 

A deputada federal Erika Kokay (PT) está acompanhando o caso. Ela  qualificou a ação como um o ato como criminoso que “fere a soberania e a democracia”. A parlamentar enfatizou a necessidade de investigação e de “responsabilização dos culpados”.
 

“A invasão da Embaixada Venezuelana, em Brasília, expõe governo Bolsonaro no dia da Cúpula do Brics. O recado que fica para o mundo é que embaixadas de governos que não se alinham ideologicamente com o Brasil estão vulneráveis”, alerta.
 

O conflito se deu horas antes do início das atividades da 11.ª Cúpula do BRICS. O evento reúne os líderes da Rússia, India, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.
 

“O ato criminoso pode desencadear uma crise diplomática sem precedentes”, destacou Kokay.
 

O governo de Jair Bolsonaro reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, alinhando-se aos EUA. 
 

Edição: Katarine Flor/ Brasil de Fato