MST no RS realiza 19º Encontro Estadual em Nova Santa Rita

Sem Terra se reúnem de 18 a 20 de dezembro para planejar os próximos passos na região
Último encontro estadual do MST foi realizado em 2017 Pontão, no Norte do RS. Foto: Letícia Stasiak

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

A cada dois anos, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se reúnem para planejar e definir prioridades para o próximo período. Cerca de 600 pessoas são esperadas para o 19º Encontro Estadual do MST do Rio Grande do Sul. O evento ocorre de 18 a 20 de dezembro no assentamento Capela, em Nova Santa Rita, na região Metropolitana de Porto Alegre.

Ao longo dos três dias, diversos assuntos serão debatidos, entre eles a atual conjuntura brasileira, os impactos do avanço da mineração no RS, os desafios da organização em relação à questão agrária, a produção de alimentos saudáveis nas áreas de assentamentos e a luta pela terra. Também haverá uma homenagem ao ex-deputado Adão Pretto.

Além disso, haverá o Encontro dos Amigos, para o qual o MST convidou mais de 200 parceiros, que incluem deputados, prefeitos, sindicalistas e representantes de organizações que apoiam a Reforma Agrária. Entre os convidados está a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-governador Olívio Dutra. A ex-deputada federal Manuela D’Avila já confirmou presença na atividade, que será na quinta-feira (19), a partir das 18h30, no ginásio da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan).

Reflorestar o Brasil


No último dia do encontro (20) será lançada a Campanha Nacional de Reflorestamento do MST, que tem como lema “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis”. A iniciativa surgiu de uma reflexão coletiva a respeito da crise ambiental no Brasil, que envolve desde a liberação em massa de agrotóxicos até as queimadas criminosas na Amazônia.

Em contraponto a essa ofensiva do agronegócio e do capital, a meta do Movimento é plantar 100 milhões de mudas de árvores nativas e frutíferas nos próximos 10 anos em todo o país. Esse projeto vai contemplar, além de áreas de Reforma Agrária, praças, parques e periferias dos municípios onde o MST tem sua base social.

Também serão recuperadas nascentes e áreas degradadas, evolvendo nesse trabalho associações, cooperativas, escolas do campo, centro de formações e grupos coletivos do MST. No RS, a ideia é buscar parcerias com setores públicos e empresas que precisam fazer compensação ambiental.

*Editado por Fernanda Alcântara