MST conquista projeto de educação do campo para Sem Terras atingidos pela Vale
Por Geanini Hackbardt
Da Página do MST
Dez assentamentos localizados na Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais serão beneficiados com o Plano de Ação em Educação Territorial. O projeto conquistado junto à Fundação Renova foi aprovado nesta quinta-feira (30) e faz parte do plano de ação do MST para reparação das famílias prejudicadas pela devastação do Rio Doce, com o rompimento da Barragem da Vale/Samarco, em Fundão, na cidade de Mariana.
“A educação é fundamental para a reconstrução da vida na bacia, da vida em todas as suas dimensões, da terra, das pessoas, das comunidades para um recomeço”, afirma Matilde de Oliveira, do setor de educação do MST.
As ações partem do princípio da educação do campo e da agroecologia. Elas consistem na realização de dois cursos promovidos pelo Centro de Formação Francisca Veras, um curso de formação de multiplicadores voltado às coordenações de áreas, associações e educadores das comunidades. Também estão programados cursos nos assentamentos, voltado aos sujeitos dos territórios.
“O projeto vai trabalhar com pessoas dos assentamentos do médio Rio Doce, da Bacia do Rio Doce, com formação de lideranças que já são formadoras nessas comunidades. Também vamos fazer formações nas comunidades com crianças, adolescentes, jovens e adultos”, planeja a dirigente.
A educação é uma das linhas que integram o programa do MST para a recuperação da Bacia do Rio Doce. Entre as ações em andamento estão a assistência técnica e o reflorestamento de 5260 hectares na região, os quais englobam 2500 hectares de Sistemas Agroflorestais, para produção de alimentos saudáveis nas áreas da reforma agrária de quatro municípios atingidos.
O reflorestamento faz parte do plano nacional que prevê o plantio de 100 milhões de mudas em 10 anos, o “Plantar árvores, produzir alimentos saudáveis.