Mulheres Sem Terra do DF promovem carnaval de luta!
Por Janelson Ferreira
Da página do MST
Nesta quarta-feira (19), ocorre em Brasília, DF, o Esquenta o Carnaval com o MST. A festa, organizada pelas mulheres Sem Terra, em parceria com diversos coletivos feministas urbanos, procura contribuir com a realização do I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, que acontece entre 5 e 9 de março, na capital federal.
A festa será no Canteiro Central (SCS, quadra 3, bloco A) e conta com a participação de Martinha do Coco, grupo Chinelo de Couro e DJ Jul Pagul. O Esquenta o Carnaval com o MST começará as 19 horas e o ingressos custam 15 reais, antecipados e 25 reais na hora.
De acordo com a integrante da direção nacional do MST, Sandra Cantanhede, a atividade é fruto de uma construção história entre as mulheres do campo e da cidade. “A festa tem um objetivo primeiro de celebrar a importante manifestação cultural e popular que é o carnaval, mas tem como foco principal a realização do I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra”, afirma a dirigente.
Para Sandra, esta unidade também é importante em um contexto mais amplia de enfrentamento à violência contra a mulher. “Esta aliança é necessária também para enfrentarmos os diversos casos de feminicídio e outros tipos de violência contra a mulher aqui no DF”, destaca.
O Carnaval das Mulheres Sem Terra
Este ano, o MST está organizando diversas atividades carnavalescas, como forma de apoiar e incentivar o carnaval como uma festa de tradição politizada. Já estão confirmadas atividades no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais e em Olinda-PE. “Em momentos sombrios como os que vivemos, a alegria é fundamental para que possamos nos impulsionar e nos redescobrir enquanto Movimento”, afirma a dirigente do Coletivo de Cultura do MST, Guê Oliveira.
“Mulheres em Luta, Semeando Resistência” é o tema do Encontro Nacional, que reunirá cerca de 3.500 mulheres de todas as regiões do país. Além destas, mulheres de outros quinze países também se somarão à atividade. O Encontro, com caráter organizativo e formativo, se concentra na reflexão e debate de três pontos centrais: a luta das mulheres do campo e a ofensiva do capital; capitalismo, patriarcado, racismo e a violência; e o feminismo camponês popular.
*Editado por Solange Engelmann